terça-feira, 15 de fevereiro de 2011



A Ponte Romana de Alcántara, em Alcántara (Cáceres), é uma ponte construída a mando do Imperador Trajano, executada pelo arquiteto Caio Julio Lacer. Sustenta-se sobre 6 arcos, tendo 194 metros de comprimento, 61 metros de altura e 8 metros de largura. Fica sobre o rio Tejo. Foi construída em cerca do ano 106.



Consta de 6 arcos assimétricos, que assentam sobre cinco pilares com alturas distintas sobre o terreno. Existe um templete comemorativo com um arco de triunfo superior no centro da ponte com altura de 10 metros, denominado de Trajano. Aos pés da ponte existe um pequeno templo romano dedicado ao construtor, chamado de Lácer e cristianizado na Idade Média com o nome de São Julião. Então foi colocada uma espada e uma cruz apoiada sobre quatro caveiras de granito. Nele está enterrado o Engenheiro dessa obra: Caio Júlio Lacer.

Em setembro de 1969, para construir a represa de Alcântara que se situa a 600 metros água acima da ponte e com capacidade de 3.300 milhões de m³ de água, foram fechados os túneis que desviavam a água do Tejo durante a construção e o leito do rio vários quilômetros. O leito embaixo do rio ficou seco e a ponte romana ficou pela primeira vez na sua história sem rio.






Arco de Trajano




Fonte: IE

Hoje discuti-se a responsabilidade da engenharia sobre as obras feitas para um período de 50 anos.   São muitos os exemplos de novas obras que em poucas décadas entram no estado de ruína.     Mas ao voltarmos no tempo nos supreendemos com a beleza e a durabilidade de uma obra que data de quase 2000 anos.   
Os romanos são os pais da engenharia moderna, outras civilizações possuiam uma engenharia local, mas foram os romanos que desenvolveram técnicas modernas no processo de construção que chegaram aos nossos dias, construíram diques, aquedutos, estradas, grandes prédios e palácios, armas, navios...   Com a engenharia dominaram por quase mil anos!

Alberto Cohen Filho