sexta-feira, 22 de março de 2013

Hoje o Rio de Janeiro foi palco de desrespeito a vida e a cultura indígena.

   Um casarão abandonado desde a década de 1970, onde funcionou o Museu do Índio, estava ocupado por indígenas desde 2006.
   Com a chegada da copa o governo do estado deu uma nova direção arquitetônica para o Maracanã e para o entorno do mesmo.  O Museu do Índio encontra-se no entorno do Maracanã. 
   Em função dessa direção "urbanística e arquitetônica" o governo recorreu a Justiça Estadual para obter a posse do local.   E conseguiu!!
   Dessa forma hoje executou essa desocupação com balas de borracha, gás lacrimogênio, spray pimenta e muita truculência!!
   Essa é a forma como o Brasil e Estado do Rio de Janeiro tratam seus indígenas, que isso seja levado aos órgãos internacionais.
Alberto Cohen Filho

Segue notícia do G1.

PMs usaram spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo.
Por volta das 13h, os pertences dos índios foram retirados do antigo museu


Integrante do Femen é detida pela PM por protestar com os seios de fora em ato contra desocupação do antigo Museu do Índio (Foto: CHRISTOPHE SIMON/ AFP PHOTO)Integrante do Femen é detida pela PM 
(Foto: Christophe Simon/ AFP Photo)
Manifestante é ferido do bala de borracha durante desocupação do Museu do Índio. (Foto: Reprodução / TV Globo)Manifestante passa mal ( Reprodução / TV Globo)
Fotógrafo do jornal O Globo, Pablo Jacob foi ferido por uma bomba de gás lacrimogêneo durante desocupação do Museu do Índio. (Foto: Isabela Marinho / G1)Fotógrafo Pablo Jacob foi ferido por uma bomba de
gás lacrimogêneo (Foto: Isabela Marinho / G1)
Mapa Rio de Janeiro - Museu do Índio no Maracanã atualizado. (Foto: Editoria de Arte / G1)
Policiais do Batalhão de Choque entraram no antigo Museu do Índio, no Maracanã, na Zona Norte do Rio, e os indígenas começaram a desocupar o prédio por volta das 11h45 desta sexta-feira (22). O clima ficou tenso, houve confronto, e os PMs utilizaram spray de pimenta e gás lacrimogêneo. Os policiais dispararam tiros de bala de borracha. Manifestantes revoltados, muitos com os rostos pintados, ocuparam as vias no entorno e bloquearam a Radial Oeste nos dois sentidos. Um dos manifestantes passou mal e foi socorrido pelo Samu.
A invasão aconteceu após término da negociação, que começou às 3h com a chegada do Choque. Pouco antes das 11h, a PM começou a desfazer o cerco, dando indício de que havia um acordo, mas o clima de tranquilidade durou pouco: às 11h30, um grupo ateou fogo em uma oca erguida no terreno e começou a fazer uma dança. Bombeiros foram acionados para apagar as chamas.
Pouco depois, o Choque se posicionou e invadiu o local. Segundo o coronel Frederico Caldas, a decisão de entrar no antigo museu ocorreu por causa do incêndio na oca. "A Polícia Militar agiu na legalidade para uma saída negociada até que eles resolveram por fogo, que já estava se alastrando pelas árvores", afirmou o oficial. Segundo o coronel, na operação havia 200 policiais do Bope. Ainda de acordo com Caldas, não foram índios que atearam fogo na oca, mas militantes.
Por volta das 12h20, as ruas ao redor do antigo Museu do Índio pareciam uma praça de guerra. Manifestantes com pedras, paus e faixas tentavam fechar algumas das vias.
A todo momento era possível ouvir disparos feitos por policiais do Batalhão de Choque. Manifestantes foram detidos.
A ação foi acompanhada pelo deputado Marcelo Freixo, que criticou a atuação da PM. "De repente você tem tiro para cima, spray de pimenta nos parlamentares, no promotor, no defensor público. Não é possível dizer que é necessário. Mesmo que alguns resistissem era possível que eles fossem retirados sem violência", declarou Freixo. "Nós vamos agir contra esse procedimento da polícia", afirmou.
O defensor público federal Daniel Macedo, que representa os índios, criticou a entrada da PM no antigo museu. Para Macedo, os policiais do Batalhão de Choque agiram de maneira truculenta. “Foi uma arbitrariedade. Não precisava disso, eles [os índios] já estavam prestes a sair. Apenas um pequeno grupo permanecia no prédio. Eles me pediram 10 minutos para fazer uma dança de despedida, quando os PMs entraram. Vou analisar imagens e talvez entre com uma representação pedindo a responsabilidade da polícia.”
O major da PM Ivan Blaz afirmou que se houve truculência durante a desocupação do antigo Museu do Índio, será averiguado. “Ainda estamos em ação. Tudo vai ser verificado e apurado no seu momento. Por enquanto ainda estamos em operação. Peço a compreensão de todos para que a gente possa liberar a via para que milhões de pessoas possam voltar às suas rotinas”, declarou.
Detidos e feridos
Entre os manifestantes havia estudantes, integrantes de grupos sociais e até ativistas do Femen. Uma delas, de seios de fora, foi detida pouco antes da invasão. Revoltada, ela gritava "assassinos".
Índios colocam fogo em oca que fica no terreno do antigo Museu do Índio. (Foto: Reprodução / TV Globo)Índios colocaram fogo em oca que fica no terreno do antigo Museu do Índio. (Foto: Reprodução / TV Globo)
Mais cedo, o advogado Arão da Providência, que diz ser irmão de um dos índios que vivem no prédio, pulou o muro para falar com os indígenas. Ele foi repreendido por policiais militares do Batalhão de Choque, contido com uso de força e levado para o camburão. A manifestante Mônica Bello também foi detida após discutir com os PMs.
O fotógrafo do jornal "O Globo" Pablo Jacob foi atingido na perna por granada de efeito moral.
Entenda o caso
A polêmica sobre o destino do espaço começou em outubro de 2012, quando o governo do estado anunciou mudanças no entorno do Maracanã, para que o estádio pudesse receber a Copa das Confederações, em 2013, a Copa do Mundo, em 2014, e a Olimpíada, em 2016.
Pelo projeto da Casa Civil, o Maracanã seria transferido para a iniciativa privada, que deveria construir um estacionamento, um centro comercial e áreas para saída do público. Para isso, alguns prédios ao redor do estádio deveriam ser demolidos, entre eles o casarão do antigo Museu do Índio, que funcionou no local de 1910 até 1978.
O edifício com área de cerca de 1600 m² está desativado há 34 anos. O grupo de indígenas que ocupa o prédio – e deu ao museu o nome de Aldeia Maracanã – está no local desde 2006.
Esse ano, no entanto, a 8ª Vara Federal Cível do Rio de Janeiro concedeu imissão de posse em favor do governo estadual. Os índios foram notificados em 15 de março.
Os pertences dos índios que ocupavam o antigo museu, no Maracanã, foram retirados por volta de 13h10. (Foto: Alba Valéria Mendonça / G1)Os pertences dos índios que ocupavam o antigo museu, no Maracanã, foram retirados por volta de 13h10. (Foto: Alba Valéria Mendonça / G1)
 Alba Valéria Mendonça, Isabela Marinho e João Bandeira de Mello


  

sexta-feira, 8 de março de 2013

Pesquisadores da UFF vão à Antártica para estudar mudanças climáticas e ambientais na região

  Uma expedição para a Antártica partiu em 3 de março a fim de realizar pesquisas na Península Fildes, na Ilha Rei George, com o objetivo de verificar o estoque e a emissão de gás carbônico (CO2) em lagos da região e monitorar o recuo das geleiras, provocado pelo degelo, e sua relação com o aumento de temperatura no local (elevação de 3º Celsius nos últimos 50 anos).  Além disso, serão monitorados os sedimentos enviados para o ambiente marinho em decorrência da retração das geleiras.  Tal pesquisa é de extrema importância porque as alterações climáticas no continente antártico influenciam diretamente nas mudanças de temperatura e na incidência de chuvas na América do Sul e, por conseqüência, no Brasil, o sétimo país mais próximo da Antártica.

  A equipe de pesquisadores que foi enviada à Ilha Rei George conta com a participação dos professores Rosemary Vieira, coordenadora do projeto, e Humberto Marotta Ribeiro, ambos do Laboratório de Processos Sedimentares e Ambientais (Lapsa), do Instituto de Geociências da UFF.  Também integrando o grupo estão a pesquisadora Kátia Kellem da Rosa e os estudantes Enoil de Souza Junior e Carolina Lorenz Simões, do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

  O transporte dos pesquisadores até a Antártica ficou a cargo da Operação Antártica XXXI, ligada ao Programa Antártico Brasileiro (Proantar), sendo realizado por avião da Força Aérea Brasileira (FAB).  Os pesquisadores da UFF embarcaram no aeroporto do Galeão, na cidade do Rio de Janeiro, enquanto que os integrantes gaúchos fizeram o embarque em Pelotas, seguindo todos para Punta Arenas, no Chile.  Chegando lá terão que aguardar condições meteorológicas favoráveis para a travessia da Passagem de Drake.

  Em decorrência do incêndio ocorrido na Estação Antártica Comandante Ferraz em fevereiro de 2012, os pesquisadores brasileiros ficarão hospedados na estação chilena de Escudero, na Península Fildes, até o fim de março.  O Chile também oferecerá apoio no deslocamento e nas tarefas de campo ao longo da península.  Esta parceria é fruto de um acordo de cooperação científica firmado entre Brasil e Chile enquanto o governo brasileiro estiver reconstruindo sua estação.

  O trabalho de pesquisa recebe apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera.  A logística, além de contar com a ajuda do Proantar, recebe auxílio do Instituto Antártico Chileno (Inach).

Fonte: Jornal eletrônico da Universidade Federal Fluminense -  www.noticias.uff.br

Holocausto: pesquisa indica três vezes mais vítimas

  O Holocausto Memorial Museum, de Washington, através do projeto "Enciclopédia dos Campos e Guetos" está pesquisando outros locais, além dos já conhecidos, onde o nazismo também levou a cabo os seus planos de extermínio.   O resultado preliminar é impressionante: 30.000 campos de trabalhos forçados, 1150 guetos de judeus, 980 campos de concentração, 500 bordéis de prostituição forçada e milhares de centros destinados à prática da eutanásia a pessoas dementes e a abortos forçados.   No total, entre 15 e 20 milhões de pessoas morreram ou estiveram detidas nesses centros, em sua maioria judeus.

  Os números têm diversas consequências. Uma é a constatação de que dificilmente a população alemã podia ignorar o que acontecia.  Em Berlim, por exemplo, os investigadores documentaram cerca de 3.000 campos e "casas judias" onde se concentravam os prisioneiros antes da sua deportação.  Segundo Martin Dean, editor do novo volume da Enciclopédia, "não se podia ir a nenhum lado na Alemanha sem nos depararmos com campos de trabalhos forçados, campos de prisioneiros de guerra ou campos de concentração.  Estavam em todo o lado".  Por isso, ele insiste que "não são sustentáveis as alegações de muitos alemães de que não tinham conhecimento do que se estava a passar com os seus vizinhos judeus".  Outra conclusão: pode aumentar o número de famílias das vítimas que vão pedir indenização.

Fonte: email enviado por Jornal Alef