terça-feira, 12 de novembro de 2013

BOLÍVIA, O PRÓXIMO AFEGANISTÃO?

10 de Novembro, 2013 - 22:10 ( Brasília )
O país andino tornou-se um centro do crime organizado e um porto seguro para terroristas.


Nos anos que se seguiram à brutal ocupação soviética, que durou dez anos, o Afeganistão se transformou numa incubadora do crime organizado, da radicalização política e do fundamentalismo religioso, um lugar tão propício que Osama bin Laden instalou lá suas operações.
Agora, algo parecido pode estar ocorrendo na Bolívia. O governo é um defensor dos produtores de cocaína. A presença iraniana está crescendo. E relatos que chegam do país sugerem que extremistas africanos também estão se juntando à luta.
O presidente boliviano, Evo Morales, que também é o presidente eleito da confederação de produtores de coca, e seu vice-presidente, Álvaro García Linera, um ex-militante do Exército Guerrilheiro Túpac Katari, começaram a construir um narco-Estado repressivo quando chegaram ao poder em 2006.
O primeiro passo foi a criação de uma cultura do medo. Vários grupos de intelectuais, tecnocratas e ex-funcionários do governo foram hostilizados e muitos fugiram. José María Bakovic, de 75 anos e ex-especialista em infraestrutura do Banco Mundial, foi um dos que foram atacados, mas que se negou a ceder. Como presidente da Comissão de Rodovias, entre 2001 e 2006, ele havia criado um sistema de leilões de concessões concebidos para reduzir a corrupção na construção de estradas. Isso frustrou Morales. Bakovic foi preso duas vezes e teve que comparecer a tribunais mais de 250 vezes, acusado de "delitos administrativos", segundo fontes a par do caso. Nunca nada foi provado.
No começo de outubro, promotores públicos convocaram Bakovic para mais um interrogatório em La Paz. Cardiologistas disseram que a altitude iria matá-lo. O governo não quis ouvir as objeções médicas, efetivamente decretando sua sentença de morte. Bakovic foi a La Paz em 11 de outubro, sofreu um ataque cardíaco e morreu no dia seguinte em Cochabamba.
Com a oposição intimidada, Morales tem transformado a Bolívia num centro internacional do crime organizado e num refúgio seguro para os terroristas. A agência para o controle de drogas dos Estados Unidos (DEA, na sigla em inglês) foi expulsa do país. Dados da ONU mostram que a produção de cocaína aumentou na Bolívia desde 2006 e há relatos não confirmados de que delinquentes mexicanos, russos e colombianos têm viajado ao país para conquistar uma parte do negócio. O mesmo ocorre com os militantes que querem arrecadar fundos e operar no Hemisfério Ocidental.
A conexão com Teerã não é segredo algum. O Irã é membro sem direito a voto da ALBA (Aliança Bolivariana das Américas). Os membros com direito a voto são Cuba, Bolívia, Equador, Nicarágua e Venezuela.
Em seu testemunho perante à Comissão de Segurança Nacional da Câmara de Deputados dos EUA, em julho passado, o especialista em assuntos de segurança global Joseph Humire descreveu o interesse do Irã na ALBA: "O Irã compreendeu que a onda de populismo autoritário conhecido como 'Socialismo do Século XXI' que vinha se expandindo pela região oferecia à República Islâmica um ambiente permissivo para ela levar a cabo sua agenda global contra o Ocidente." A Bolívia é terreno fértil.
O Irã pode ter financiado total ou parcialmente a construção de uma nova base de treinamento militar da ALBA na região de Santa Cruz. De acordo com Humire, a embaixada do Irã em La Paz supostamente "tem pelo menos 145 funcionários iranianos registrados". Há também apoio boliviano a radicais convertidos ao islamismo, como o argentino Santiago Paz Bullrich, um discípulo do imã iraniano Mohsen Rabbani e cofundador da primeira Associação Islâmica Xiita em La Paz.
O Irã pode estar usando sua rede boliviana para contrabandear minerais estratégicos como o tântalo (que é usado no revestimento de mísseis), Humire disse ao Congresso americano. Pode, inclusive, estar contrabandeado pessoas. Informações não confirmadas, mas vindas de fontes confiáveis, descrevem altos funcionários ordenando a emissão de documentos de identidade e passaportes para numerosos jovens "turcos", uma maneira informal de descrever pessoas do Oriente Médio na América Latina. Uma testemunha disse a uma de minhas fontes na Bolívia (que pediu para ficar no anonimato por motivos de segurança), que os estrangeiros eram iranianos, mas não eram diplomatas.
O jornal boliviano "La Razón" informou que o potencial cônsul boliviano no Líbano foi preso pelas autoridades bolivianas por supostamente tentar contrabandear 392 kg de cocaína para Gana.
Graças a uma demanda estável de cocaína, a economia boliviana está inundada de dinheiro. A África está na principal rota do tráfico de cocaína para Europa. Isso pode explicar a presença cada vez maior de somalianos, etíopes e sul-africanos em Santa Cruz, que não é um destino comum para a imigração africana. Em abril deste ano, o corpo parcialmente queimado e mutilado de um homem negro foi encontrado perto da fronteira com o Brasil, o que pode sugerir um negócio com drogas que deu errado. Uma marca inusitada foi feita na coxa direita da vítima, como se os vilões quisessem crédito pela brutalidade.
Poucos dias depois, o jornal espanhol "ABC" reportou o caso de um espanhol que também foi torturado com uma inscrição em sua perna e que foi encontrado na mesma área. Uma fonte que não quis ser identificada me informou que a vítima tinha dito à polícia que o homem negro assassinado era seu amigo e africano. Segundo minha fonte, uma testemunha também disse que quando estava morrendo o homem teria murmurado as palavras "al-Shabaab", o nome do grupo terrorista somaliano.
Um boliviano que conheço diz ter visto na cerimônia de posse de Evo Morales, em 2006, Mohamed Abdelaziz, o secretário geral do grupo separatista "Frente Polisario", que tem liderado um longo conflito com o Marrocos.
A África do Norte está se convertendo numa incubadora para a violência. Circulam rumores de insurgência e de alianças terroristas. Caso Abdelaziz tenha realmente visitado La Paz, surgem novas questões sobre política externa da Bolívia.

Fonte: defesanet.com.br



Nota DefesaNet

Esta reportagem que não teve repercussão no Brasil, foi publicada na parte dedicada ao nosso país pelo Wall Street Journal.

Em palavras diretas a percepção que a fronteira OESTE do Brasil será composta de Estados Falidos : Bolívia, Argentina, talvez Paraguai e ao Sul o  Uruguai (este no caso de livre passagem de drogas).

A pressão nas fronteiras Sul e Centro-Oeste serão enormes.

O editor


É lastimável que esse tipo de caos esteja acontecendo em nossa fronteira, mas tenho certeza que a ordem prevalecerá.
Engº. Alberto Cohen Filho

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

CREA-RJ repudia declarações de Moreira Franco

O CREA-RJ vem a público manifestar o seu repúdio à declaração irresponsável do ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Moreira Franco, que responsabilizou a má qualidade dos projetos elaborados pelos engenheiros brasileiros pelo atraso das obras de modernização dos aeroportos brasileiros.
Ora, a Engenharia Nacional foi o pilar de um ciclo de desenvolvimento iniciado na primeira metade do século XX que mudou a face do país, dotando-o de uma infraestrutura industrial e logística relativamente moderna e sofisticada. Esse reconhecido know-how tecnológico nacional em obras de envergadura poderia estar sendo aproveitado com mais inteligência. O aconselhável seria gastar mais tempo no planejamento das obras e executá-las de modo rápido.
Agora, em nome da urgência, muitas das obras para a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016 podem ter a sua qualidade comprometida pela falta de projeto executivo. Abre-se, assim, a possibilidade de empresas serem contratadas sem cumprirem as etapas essenciais que asseguram a qualidade de qualquer serviço ou empreendimento.
Ao atacar os engenheiros brasileiros, o ministro Moreira Franco deseja, no fundo, ocultar os grandes vilões dos atrasos na execução de obras: os administradores responsáveis, como o ministro, que sabe muito bem que o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo em 2007, ou seja, com tempo mais do que suficiente para não deixar tudo para a última hora. O que o ministro está tentando é tapar o sol com a peneira.
Assim em defesa da Engenharia Nacional e a fim de repor a verdade dos fatos, o CREA-RJ vê-se obrigado a prestar os seguintes esclarecimentos.
– O Brasil ficou conhecido em todo o mundo pela capacidade de realizar projetos de alta competência técnica, que tiveram papel estratégico na construção de uma infraestrutura industrial e logística ampla e moderna.
– Mesmo com a recessão da chamada década perdida – 1980–, a Engenharia Nacional não perdeu a sua pujança, embora tenha ficado ociosa pela falta de um projeto endógeno de desenvolvimento.
– Com a retomada, nos últimos anos, de uma estratégia de investimentos de longo prazo, seria necessário superar o gargalo da falta de planejamento na área pública para o pleno aproveitamento da nossa capacidade técnica.
– Não por acaso, o CREA-RJ vem alertando há algum tempo que o processo de contratação de obras para programas públicos de investimentos se depara com problemas que podem se transformar em armadilhas no caminho do desenvolvimento brasileiro.
– As licitações para empreendimentos em qualquer área precisam ser planejadas com antecedência para evitar, por exemplo, que uma exceção da lei, a urgência, transforme-se em regra. Esse artifício foi usado na Lei das Diretrizes Orçamentárias de 2011, que excluiu as obras da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016 das exigências da Lei das Licitações (8.666).
– Mesmo quando não há urgência, muitos editais aceitam projetos básicos em detrimento de projetos executivos e terminam por privilegiar o critério do menor preço. Isso pode não apenas comprometer a qualidade da obra, como encarecê-la durante o processo de execução. O mais grave é que, como o projeto básico tem se mostrado insuficiente para prever todos os eventos de uma obra, são comuns os chamados aditivos contratuais, que podem elevar o custo total do empreendimento em até 25% , de acordo com estudos do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco).
– Lamentavelmente, as obras relacionadas aos megaeventos padecem dessa incompetência e da inaptidão para o planejamento do poder público, que, ao que parece, vem afetando especialmente a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República.
– Um estudo do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) sobre a situação dos 16 aeroportos das cidades-sede critica o acúmulo de obras em 2012 e 2013. O mais surpreendente, no entanto, é que o levantamento mostra que a necessidade de ampliação da infraestrutura aeroportuária é bem anterior às exigências de obras derivadas da realização de megaeventos esportivos no país.
– Portanto, se muitos aeroportos brasileiros estão operando no limite ou acima dele, e se a qualidade do atendimento da demanda cairá durante a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, a culpa não é dos engenheiros brasileiros, mas da absoluta incapacidade do poder público realizar um planejamento adequado dos investimentos em infraestrutura no país.
Atraso
Embora reconheçamos que o atual governo botou o país em outro patamar de desenvolvimento, tirando milhões de brasileiros da miséria e da pobreza, elevando a taxa de emprego, controlando a inflação e nos situando como a sétima economia do mundo, há que se dizer, também, que, no caso específico da Copa do Mundo e suas obras, tivemos tempo suficiente para nos preparar adequadamente.
Os mesmos engenheiros que, segundo o ministro, fazem projetos ‘muito ruins”, são requisitados no mundo todo para, junto com as nossas empresas de engenharia, trabalharem em obras grandiosas, em todos os continentes. Não é exagero afirmar que a engenharia brasileira é considerada, atualmente, uma das melhores do mundo.



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Fonte: Crea-RJ

Deixo registrado que minha opinião difere do conselho no que tange os itens progresso, fim da miséria, crescimento do emprego e controle da inflação.   Todos esses itens a meu ver são maquiados e se há algum mérito, este é devido a governos anteriores.   Mas concordo que nossa engenharia é uma das melhores do mundo e que nosso problema é administrativo e político e nunca técnico.

Engº.Alberto Cohen Filho


Excelência da Engenharia Brasileira - CONFEA

Brasília, 6 de novembro de 2013.


Com relação às afirmações do Ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, o SOCIÓLOGO WELLINGTON MOREIRA FRANCO, no dia 31/10, de que os atrasos nas obras de seis dos 12 aeroportos de cidades-sede da Copa de 2014 “são fruto da falta de engenheiros e da má qualidade da formação dos engenheiros que temos no país”, o Presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) vem se pronunciar  na condição de representante de mais de um milhão de  profissionais registrados no Sistema Confea/Crea e Mútua, na forma como se segue.

Político e sociólogo, o Ministro Moreira Franco tenta desmoralizar os engenheiros que atuam no desenvolvimento do país ao mesmo tempo em que lançou uma perigosa fagulha de desconfiança acerca da segurança e confiabilidade das obras sob sua coordenação.  Em seu infeliz pronunciamento, o Ministro entra em rota contrária à posição da Presidente da República, Dilma Rousseff, que manifestou elogios à engenharia nacional durante recente pronunciamento na Assembleia Geral da ONU.

Cabe lembrar ao Senhor Ministro que a Copa do Mundo de Futebol de 2014 é um evento da Federação Internacional de Futebol (Fifa), que decide com bastante antecedência o país a sediar o torneio. Com que objetivo? Permitir que o país-sede da Copa se prepare, dotando-se da infraestrutura necessária, como estádios, mobilidade urbana, aeroportos, rede hoteleira etc., para um evento dessa magnitude. Portanto, no dia 30 de outubro de 2007, a Fifa ratificou o Brasil como país-sede da Copa do Mundo de 2014, momento em que o gargalo da infraestrutura para a realização da Copa já existia com relação aos aeroportos. 

O atraso na execução das obras de infraestrutura do país passa, evidentemente, pela falta de GESTÃO, PLANEJAMENTO e PROJETOS DE ENGENHARIA. Bons projetos de engenharia são aqueles que possuem todos os elementos e informações técnicas, básicas e executivas. 

Com efeito, projeto básico somente não basta, são necessários projetos executivos e também os projetos complementares, de elevada complexidade. Por isso, há uma demanda de tempo necessário para que se possa planejar e projetar. O planejamento de grandes obras ficou esquecido e somente aos 45 minutos do segundo tempo iniciou-se a execução das obras, ao arrepio das comezinhas regras que regem os procedimentos necessários para se realizar bons empreendimentos com qualidade, segurança e economia, que justificam a palavra ENGENHARIA.

O reconhecimento da Presidente Dilma Rousseff na ONU reflete a sabedoria de que as grandes obras do país são planejadas, projetadas e executadas por engenheiros. Honrosamente, os engenheiros conduzem a transformação do Brasil ao longo de sua história: da Ferrovia Mamoré-Madeira, entre 1907-1912, passando pela Construção de Brasília e por projetos como a Ponte Rio-Niterói, as hidrelétricas nacionais, obras mais recentes como a Ferrovia dos Carajás, Rodovia dos Imigrantes, a Linha Vermelha, no Rio de Janeiro, ou as pontes estaiadas de Brasília e São Paulo, entre terminais portuários, aeroportuários, metroviários, e inúmeras outras obras, como linhas de transmissão, estações de tratamento e as do setor petroquímico, inclusive, a descoberta do petróleo na camada de pré-sal.

Devemos lembrar ao Senhor Ministro a excelência da engenharia brasileira, uma profissão às vésperas de completar 80 anos de regulamentação, no próximo dia 11 de dezembro, data de aniversário do Sistema Confea/Crea. Tanto é verdade o elevado know-how alcançado, que as empresas de engenharia nacionais vêm atuando e construindo a infraestrutura de países de todos os continentes: no Iraque (ferrovias Bagdá-Akashat e Expressway, hotéis, rodovias); Mauritânia (rodovias e aeroporto); Argélia (conjuntos residenciais, universidades, complexos industriais); Angola (hidrelétrica); República Dominicana (rodovias); Chile (metrô de Santiago, hidrelétrica, rede de transmissão); Venezuela (hidrelétrica de Guri, metrô de Caracas, projetos de Engenharia Agrícola e de Agronomia), entre tantos outros países onde a engenharia brasileira realiza obras.

Também não faltam excelentes escolas de engenharia.  Sabemos que existem, como no Direito, na Medicina e em outras áreas do conhecimento técnico e científico, as boas e as más escolas, resultado do comércio em que se deixou transformar a Educação Superior em nosso país. Mas cabe ao Ministério da Educação (MEC) a avaliação da qualidade do ensino-aprendizagem, e o Confea tem participado desse processo, ao colaborar na análise da grade curricular, em busca do aprimoramento dos cursos ofertados na área tecnológica.

Na oportunidade, relembramos ao Senhor Ministro que não nos faltam engenheiros, pois contamos com profissionais suficientes para projetar e construir tudo de que o país necessita, tendo em vista que as projeções de crescimento do PIB da ordem de 4,5% ao ano, feitas nos últimos anos, não se concretizaram, ou seja, não houve o déficit de profissionais que poderia vir a ocorrer. Os registros de 40 mil novos profissionais por ano, em média, nos Conselhos Regionais de Engenharia atendem à necessidade do mercado, exceto em áreas específicas, como, por exemplo, mineração, gás e petróleo.

Pesquisa do Instituto de Pesquisa  Econômica Aplicada (Ipea), divulgada ontem (5/11), confirma essa análise sustentada pelo Confea, no último ano. O estudo contesta a teoria de escassez de engenheiros, ao apontar que, apesar do aumento do percentual de engenheiros exercendo ocupações típicas, de 29%, em 2000, para 38%, em 2009, está descartado o risco de um “apagão” de mão de obra de engenheiros, porque  não se confirmou o crescimento do PIB “em níveis indianos”, conforme previsto.

Já no âmbito governamental, além da carência de gestão, planejamento e projetos, falta o reconhecimento das atividades exercidas pelos profissionais de Engenharia e de Agronomia ocupantes de cargo efetivo no serviço público, como carreiras essenciais e exclusivas, típicas de Estado, haja vista a posição estratégica com que essas áreas devem ser tratadas, para alavancar o segmento nacional de serviços e obras públicas. 

Há pouco mais de um ano, o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira condenou, em artigo publicado na Folha de S. Paulo, a incapacidade de formulação e gestão de projetos do Governo Federal, atribuída à ausência de engenheiros no Estado brasileiro. “Enquanto mais de 80% da alta burocracia chinesa é formada por engenheiros, no Brasil não devem somar nem mesmo 10%”, disse, chamando atenção para a importância da profissão para o desenvolvimento do país. Formular projetos de investimento e encarregar-se da gestão da execução são atribuições da Engenharia, minimizadas pelo Estado brasileiro, conforme Pereira. “Fortalecer a Engenharia brasileira nos três níveis do Estado é prioridade”, conclui. 

A luz no final desse túnel se vislumbra por meio do PLC 13/13, que tramita em caráter terminativo de votação no Congresso Nacional, a ser posteriormente sancionado pela Presidente Dilma Rousseff.  A partir do manifesto na ONU, de reconhecimento e valorização da Engenharia para o país, espera-se a breve aprovação e sanção desse projeto. Reforça essa expectativa a determinação da Presidente da República, de fazer cumprir uma das funções fundamentais do Estado:  prover a infraestrutura de que o Brasil necessita.

Outra fragilidade existente na esfera pública advém da Lei nº 8.666/93 e de mecanismos que permitem a modalidade de pregão eletrônico para a licitação de projetos de engenharia.  Aqui destacamos uma demanda por conhecimento intelectual relacionada ao notório saber técnico-científico e que não pode ser avaliada por tal procedimento. A utilização do Regime Diferenciado de Contratação (RDC), por sua vez, só vem comprovar que não houve planejamento para a aquisição e contratação, em tempo hábil, dos projetos e da realização das obras necessárias, por meio de procedimentos técnicos e adequados. 

É lamentável o tom de ofensa expresso pelo Ministro, que joga a culpa nos engenheiros pelos atrasos nas obras, e consideramos que a nota de esclarecimento publicada com data do dia 3/11 buscou justificar o injustificável, ao imputar também desqualificação às pequenas e médias empresas de projetos. Até porque, enquanto o político em sua campanha eleitoral apresenta planos e propostas de Governo, os engenheiros trabalham em projetos de Estado, necessários para o crescimento e o desenvolvimento do Brasil. 

Nesse cenário, o Sistema Confea/Crea se coloca, juntamente com seus profissionais e as empresas de engenharia registradas, à disposição do Governo brasileiro, para contribuir com a expansão dos níveis de qualidade dos projetos e da execução das obras, visando ao desenvolvimento e ao progresso do País e à realização dos eventos internacionais que se aproximam. Desse modo, expressamos a nossa disposição para que o Brasil, além do legado de infraestrutura da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, deixe também para as gerações futuras um legado com a marca de gestão pública competente e eficiente. 
 
*José Tadeu da Silva é engenheiro civil, professor e advogado, Presidente do Confea para o triênio 2012-2014, Presidente da Federação Brasileira de Associações de Engenheiros (Febrae),  Presidente eleito da União Pan-americana de Associações de Engenheiros (Upadi) e membro da World Federation of Engineering Organizations (WFEO).


Fonte: Conselho Federal de Engenharia e Agronomia
 

Carta aberta aos brasileiros - Exercício Profissional do Engenheiro

Exmo. Sr. Ministro Moreira Franco
c.c. Excelentíssima Presidenta Dilma Rousseff

Lamentáveis as declarações de V. Exa. acerca da qualificação dos engenheiros brasileiros. 
A infelicidade das declarações, que enfaticamente repudiamos, é tão flagrante que o Sr. Ministro não lembrou que a partir de 1970, engenheiros brasileiros construíram: Itaipu, Urubupungá, Promissão (dentre muitas usinas hidroelétricas construídas), Rodovia Cuiabá-Porto Velho, Sistema Anchieta-Imigrantes (dentre muitas rodovias implantadas), Terminal do PECEM, Ponta da Madeira (com capacidade de operar graneleiros de até 400.000 t de deslocamento); Metrô do Rio de Janeiro e de São Paulo, e muitas outras obras importantes de infra estrutura.
Exportamos serviços de engenharia para o mundo inteiro, não omita isto.
No tocante às declarações referidas, o Clube de Engenharia repudia firmemente a falsa explicação de que "os atrasos não acontecem por falta de dinheiro"(?). V. Exa. sabe muito bem que os principais cargos ocupados pela Infraero não o são por técnicos mas sim nomeações de viés político. Poderia até ser o seu caso, pois, sabemos, V. Exa não é do ramo. Pela amostragem de obras elencadas em parágrafo anterior, fica claramente  demonstrado que a geração de engenheiros não foi perdida, mas antes sobretudo, está a dos políticos sem capacidade administrativa. Quando há dinheiro e não há realizações, fica patente, tal qual um teorema de geometria, a incompetência de quem administra. Qual é a Empresa Construtora que não deseja executar obras, quando existem recursos para tal? O Clube de Engenharia não tem esse registro.
V. Exa. poderia, antes de fazer este pronunciamento tão infeliz sobre os engenheiros brasileiros, conferir as datas das realizações de todas as licitações dos aeroportos, os requisitos técnicos exigidos em edital e apurar profundamente a razão dos atrasos. Não foram as Construtoras Brasileiras! Caso V. Exa. se digne, analise caso a caso, o porquê das paralisações das obras, determinadas pelo TCU.
Impossível calar, quando o Ministro-Chefe, tenta, no "Encontro Nacional de Editores da Coluna Esplanada", classificar os engenheiros brasileiros de mal formados e de elaboradores de projetos ruins.
O Clube de Engenharia tem elementos fartos e reais, caso V. Exa. deseje debater detalhadamente as razões dos atrasos.
Insistimos em realçar o pesar de que a Engenharia Brasileira foi tomada, ao vislumbrar a total desinformação de V. Exa., ou tentativa de acobertamento, acerca da realidade ocorrida nas concorrências e na construção dos Aeródromos Brasileiros.
CLUBE DE ENGENHARIA 

Fonte: Clube de Engenharia

terça-feira, 24 de setembro de 2013

O fim da democracia no Brasil

Muito Importante.
Com a Palavra o sr.
CARLOS ALBERTO PINTO SILVA
General-de-exército da reserva, ex-comandante de Operações Terrestres (COTer),
do Comando Militar do Sul (CMS), do Comando Militar do Oeste (CMO),
e Membro da Academia Brasileira de Defesa.

História:

Lenin alma e cérebro da revolução Russa ODIAVA a sociedade burguesa. Para demoli-la, pacientemente, durante mais de vinte anos, concebeu e elaborou uma estratégia de revolta que, sob a direção de UMA ELITE, foi o núcleo central da teoria revolucionária bolchevista.

“O movimento deve ser dirigido por um numero tão limitado quanto possível de grupos semelhantes, formados por revolucionários PROFISSIONAIS, devidamente experimentados. Esses revolucionários constituem uma ‘ORDEM’ composta de combatentes de elite (Um corpo especial de agitadores).’Sua mais nobre missão é o preparo da revolução POPULAR geral’. Eles devem, pois, ANTES DE TUDO criar as condições de sucesso, consolidar o contato com os núcleos mais consideráveis da CLASSE operária e com todos os meios descontentes da autocracia”.

“A preparação JUDICIOSA duma revolta revestia-se, segundo Lenin, de dois aspectos fundamentais: primeiramente, a associação de um movimento de MASSAS e da conjuração organizada; em seguida, a exploração e a direção desse movimento por um estado-maior recrutado na ELITE do partido”.

Lenine considerava de FUNDAMENTAL importância a conquista do proletariado. O Partido “levará vantagem sobre a fraca burguesia”, buscando a exterminação dos inimigos do povo.

Em sua “teoria do murro no paralítico” Lenine prescreve a desagregação da máquina do Estado, antes do golpe de força. Trata-se de aumentar a indecisão governamental e de “APODRECER” as instituições e os grandes órgãos do Estado.

“Em “O Estado e a Revolução:” “A insurreição armada”, diz Lenine, que se deve repousar o movimento no impulso revolucionário do povo.” Mas é preciso ANTES, proceder à EDUCAÇÃO sistemática do povo. O primeiro objetivo consiste na formação de um PARTIDO OPERÁRIO “capaz de TOMAR o poder, de dirigir e organizar um regime novo, de ser o EDUCADOR, o guia de todos os trabalhadores para a organização de sua vida social”.

“Todos os meios são bons, se conduzem ao fim” (Lenine).

Realidade:

O PT (Lideranças políticas do partido) odeia as “elites”, que considera inimiga e visa à desmoralização do partido. Os petistas procuram difundir que a imprensa, a oposição, o judiciário e as elites querem destruir sua obra política. Os petistas idealistas foram e serão afastados ou destruídos politicamente (Vítimas da classe dirigente) para não se tornarem obstáculos ao Projeto de Eternização no Poder.

A alternância ideológica e de poder, em todos os níveis, foram somente toleradas nos últimos anos, na verdade os petistas abominam conviver com o Estado Democrático de Direito (Independência de poderes; liberdade de expressão e imprensa independente; judiciário e procuradoria fortes; partidos fortes e antagônicos; oposição legítima e integrada), uma grande fantasia que só existe na cabeça de uma sociedade desinteressada na problemática política e social brasileira.

No mundo dos Petistas, não há lugar para instituições independentes. Ou elas trabalham para o partido ou devem ser controladas.

“A era PT sepultou a tolerância e a diversidade de pensamento, tudo o que não se encaixe no discurso do petismo já vira coisa de reacionário. Não há mais espaço para quem não tem a mesma opinião dos petistas.” Entrevista Lobão – Publicado: Veja 28/08/2013.

O PT usa a regra da maioria como único critério de legitimidade de seus governos, interpretando a DEMOCRACIA como a DITADURA de uma maioria, uma maioria que rechaça e não respeita os direitos da oposição e das minorias.

“Com os Petistas, TODO cuidado é pouco. Não existem valores objetivos, ninguém pode julgar nada, vale tudo, e quem discorda sofre de preconceito e é moralista. Com essa agenda POLITICAMENTE CORRETA os socialistas ‘modernos’ vão impondo uma mentalidade fascista que em nome da ‘TOLERÂNCIA’ e da ‘DIVERSIDADE’, não tolera divergência alguma.” Artigo - Rodrigo Constantino - Publicado: O Globo 30/04/13.

O PT NÃO vai deixar o poder sem luta, como alguns brasileiros SONHADORES pensam. O PT não terá acanhamento em dilacerar a Constituição, desconhecer o trabalho do Judiciário, do Legislativo, e contestar a vontade do povo, se for necessário ao seu Projeto de Poder.

O PT, na atual conjuntura política brasileira, busca a supressão do sistema democrático de direito em beneficio de um Projeto de Eternização no Poder, para permitir a instalação da sua versão de uma Ditadura do Proletariado, e para atingir seu objetivo necessita permanecer no governo no mínimo até 2022 (Vencer as eleições de 14 e 18).

**A reação da sociedade brasileira tem que começar em algum lugar e de alguma forma, é preciso, portanto, organizar vários grupos com o mesmo ideal de Defesa do Estado Democrático de Direito (“Terço da Transformação”), para através de redes sociais e de informação fazer com que uma mudança política e social, radical, seja esperada, e com o passar do tempo aconteça e vire numa certeza para nossa sociedade.

Tão importante quanto trocar mensagens na internet em grupos de amigos, é estimular aos seus contatos que organizem “Terços da Transformação Difusores”e publiquem as matérias julgadas úteis para o objetivo da Defesa da Democracia, do Estado de Direito, e da Ética na Política. Os Terços Difusores seriam redes de informação setorizadas (Regionais e locais) que replicariam as matérias dentro de uma unidade de pensamento e com objetivos definidos.**

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

UM APELO VINDO DA RÚSSIA - O que o presidente russo, Vladimir Putin, tem a dizer aos Estados Unidos sobre a Síria

As relações entre nós têm passado por diferentes estágios. Estivemos uns contra os outros durante a guerra fria. Mas já fomos aliados, e juntos vencemos os nazistas. Naquela época foi criada uma organização internacional universal – as Nações Unidas – para impedir que outra devastação como aquela voltasse a ocorrer.
Os fundadores das Nações Unidas entenderam que as decisões concernentes à guerra e à paz devem ser tomadas apenas por consenso, e foi com o consentimento dos Estados Unidos que o veto dos membros permanentes do Conselho de Segurança foi incluído na Carta das Nações Unidas. A profunda sabedoria dessa decisão deu sustentação à estabilidade das relações internacionais durante décadas.
Ninguém deseja que a ONU tenha o mesmo destino da Liga das Nações, que desmoronou porque lhe faltou poder real. Isso é possível se países influentes, desviando-se das [regras das] Nações Unidas, realizarem ações militares sem autorização do Conselho de Segurança.
O ataque potencial dos Estados Unidos contra a Síria, a despeito da oposição de muitos países e dos maiores líderes políticos e religiosos, incluindo o papa, resultará em mais vítimas inocentes e numa escalada que espalhará potencialmente o conflito muito além das fronteiras da Síria. Um ataque intensificará a violência e desencadeará uma nova onda de terrorismo. Isso pode minar os esforços multilaterais para resolver a questão nuclear iraniana e o conflito israelo-palestino, além de desestabilizar o Oriente Médio e o Norte da África. Pode desequilibrar todo o sistema da lei e da ordem internacional.
A Síria não está testemunhando uma batalha por democracia, mas um conflito armado entre o governo e a oposição dentro de uma nação multirreligiosa. Há poucos campeões da democracia na Síria. Mas há combatentes da Al-Qaeda e extremistas de todas as cores mais do que suficientes lutando contra o governo. O Departamento de Estado dos Estados Unidos designou a Frente Al-Nusra, o Estado Islâmico do Iraque e o Levante, que lutam ao lado da oposição [da Síria], como organizações terroristas. Esse conflito interno, sustentado por armas estrangeiras fornecidas à oposição, é um dos mais sangrentos do mundo.
Os mercenários dos países árabes, as centenas de militantes de países ocidentais e até mesmo da Rússia que lá combatem são objeto de preocupação profunda. Eles não devem retornar a nossos países com a experiência adquirida na Síria? Afinal, depois de lutar na Líbia, os extremistas foram para o Mali. Isso nos ameaça a todos.
Desde o princípio a Rússia tem advogado um diálogo pacífico que permita aos sírios desenvolver um plano de compromisso com seu próprio futuro. Não estamos protegendo o governo sírio, mas o direito internacional. Precisamos utilizar o Conselho de Segurança da ONU e acreditar que a preservação da lei e da ordem no mundo complexo e turbulento de hoje é um dos poucos meios de impedir que as relações internacionais escorreguem para o caos. A lei ainda é a lei, e devemos segui-la, quer gostemos, quer não. De acordo com o direito internacional, a força somente é permitida em caso de defesa própria ou por decisão do Conselho de Segurança. Tudo o mais é inaceitável, segundo a Carta das Nações Unidas, e constitui ato de agressão.
Ninguém duvida de que o gás venenoso foi usado na Síria. Mas existem todas as razões para acreditar que não foram utilizados pelo Exército sírio e sim pelas forças de oposição, para provocar uma intervenção de seus poderosos patrões estrangeiros, que se mantêm ao lado dos fundamentalistas. Relatos de que os militantes preparam outro ataque – dessa vez contra Israel – não podem ser ignorados.
É alarmante que intervenções militares em conflitos internos de países estrangeiros tenham se tornado um lugar-comum nos Estados Unidos. Elas interessam, a longo prazo, aos Estados Unidos? Duvido. Milhões de pessoas no mundo inteiro cada vez mais veem os Estados Unidos não como modelo de democracia, mas como um país que confia apenas na força bruta, pavimentando coalisões sob o slogan "ou vocês estão conosco ou estão contra nós".
Mas a força tem se provado ineficaz e inútil. O Afeganistão está descarrilhando, e ninguém é capaz de dizer o que acontecerá depois que as forças internacionais se retirarem do país. A Líbia está dividida em tribos e clãs. A guerra civil continua no Iraque, com montes de mortos a cada dia. Nos Estados Unidos, muitos fazem a analogia entre Iraque e Síria, e perguntam por que seu governo quer repetir erros recentes.
Não importa quão dirigidos sejam os ataques ou quão sofisticadas sejam as armas --— as baixas de civis são inevitáveis, incluindo idosos e crianças, aos quais os ataques supostamente deveriam proteger.
O mundo reage perguntando: se você não pode contar com o direito internacional, então deve encontrar outros meios de garantir sua segurança. Por isso um número crescente de nações vem procurando adquirir armas de destruição em massa. É uma questão de lógica: ninguém vai mexer com quem tem a bomba em seu arsenal. Somos iludidos com a conversa da necessidade de fortalecer a não proliferação quando, na verdade, a não proliferação vem sendo corroída.
Precisamos parar de usar a linguagem da força e voltar à via dos acordos civilizados, diplomáticos e políticos.
Uma nova oportunidade de evitar a ação surgiu há poucos dias. Os Estados Unidos, a Rússia e todos os membros da comunidade internacional devem aproveitar a boa vontade do governo da Síria de colocar seu arsenal químico sob controle internacional, para subsequente destruição. A julgar pelas declarações do presidente Obama, os Estados Unidos veem essa possibilidade como uma alternativa à ação militar.
Saúdo o interesse do presidente no sentido de dialogar com a Rússia e a Síria. Devemos trabalhar juntos para manter essa esperança acesa, como concordamos na reunião do G8 em Lough Erne, na Irlanda do Norte, em junho, e levar a discussão de volta à mesa de negociações.
Evitar o uso da força contra a Síria vai melhorar a atmosfera para os negócios internacionais e reforçar a confiança mútua. Será nosso sucesso compartilhado e abrirá as portas para a cooperação e outros assuntos decisivos.
Meu trabalho e meu relacionamento pessoal com o presidente Obama são marcados por uma confiança crescente. Analisei atentamente seu pronunciamento à nação na terça-feira. E gostaria de discordar do que ele disse sobre o excepcionalismo dos Estados Unidos, ao declarar que a política do país é "o que torna os EUA diferentes. É o que nos torna excepcionais". É extremamente perigoso encorajar as pessoas a considerar a si mesmas excepcionais, seja qual for a intenção.
Existem países grandes e pequenos, ricos e pobres, com tradições democráticas antigas e aqueles que ainda procuram seu caminho rumo à democracia. Suas políticas também diferem. Somos todos diferentes, mas, quando pedimos as bênçãos de Deus, devemos nos lembrar de que Ele criou a todos nós como iguais.

VLADIMIR PUTIN
(Tradução sem valor oficial de Baby Siqueira Abrão)

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O consultor de segurança americano diz que o Brasil é um dos maiores prejudicados pela aliança que os governos de países da América Latina estabeleceram com traficantes.

 
Douglas Farah é pago para redigir relatórios de segurança para empresas privadas e órgãos do governo americano, como o Departamento de Segurança Interna e o Departamento de Defesa. Membro do Centro de Avaliação Estratégica Internacional (Iasc), de Washington, o consultor americano é especialista em identificar as áreas de influência de cartéis mexicanos, gangues salvadorenhas e grupos terroristas na América Latina. Também revela as armas, os centros de lavagem de dinheiro e os contatos no governo e na Justiça usados por esses criminosos. Autor do livro Merchant of Death (O Mercador da Morte), sobre o traficante de armas russo Viktor Bout, Farah foi criado na Bolívia, onde seus pais, missionários americanos, trabalharam.
 
Como explicar o avanço do crime organizado na América Latina?
 
Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York, os governos dos Estados Unidos e de países da Europa concentraram suas atenções no islamismo radical e no terrorismo. Desde então, o combate ao crime organizado ficou de fora da lista de prioridades e diferentes grupos com atividades ilícitas puderam agir com uma liberdade sem precedentes. Eles fizeram contatos entre si e assumiram o controle de panes vitais da economia de muitos países. Na América Latina, houve um fenômeno ainda mais preocupante. Os criminosos foram convidados pelos governantes de países ditos "bolivarianos", liderados pelo presidente venezuelano Hugo Chávez, para compartilhar o poder político. Assim, conquistaram uma força inédita na região.
 
Como é a parceria entre os governos e os criminosos?
 
Narcoestado é o nome que se atribui a um país em que a cúpula governamental dá proteção às atividades dos traficantes ou mantém alguma participação direta no negócio clandestino. Nesses lugares, os criminosos são utilizados como instrumento de política interma e externa e apoiam o poder central. Em troca, cometem seus crimes com total segurança. A existência desse tipo de acordo explica o espetacular crescimento do papel da Venezuela como local de passagem da cocaína para outros países. O mesmo ocorreu com o Equador e a Bolívia. Nesses países, quando funcionários do primeiro escalão são flagrados em operações ilegais, jamais são investigados ou punidos. Ao contrário, são promovidos. Quem é castigado nos narcoestados são os jornalistas ou os políticos da oposição com coragem para divulgar as relações entre o poder político e o crime organizado. Foi o que aconteceu com o senador boliviano Roger Pinto, que entregou denúncias ao presidente Evo Morales e, por isso, passou a ser perseguido pelo governo. O político acabou se refugiando na Embaixada do Brasil para escapar da retaliação.
 
Quais são as principais autoridades envolvidas com narcotraficantes?
 
São muitas. O ministro da Defesa da Venezuela, Henry Rangel Silva, deu apoio material para que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) transportassem drogas, segundo o Departamento de Tesouro americano. O juiz Eladio Aponte, que trabalhou sete anos no Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela e está exilado nos Estados Unidos, também afirma ter provas do envolvimento de altos membros do governo de Hugo Chávez com narcotraficantes. Até fugir para Miami, ele era fiel ao presidente. Na Bolívia, Juan Ramón Quintana, ministro da Presidência, e Sacha Llorenti, ex-ministro de Governo, são suspeitos de manter relações escusas com o crime organizado. Llorenti acaba de ser nomeado embaixador da Bolívia na ONU. No Equador, dois aliados do presidente Rafael Corrêa. Gustavo Larrea, ex-ministro de Segurança Interma e Externa, e José Ignácio Chauvín, ex-subsecretário de Governo, mantinham vínculos diretos com traficantes das Farc.
 
O crime organizado sempre procurou infiltrar-se no poder oficial, não?
 
Sim, mas a natureza desses laços mudou. Tradicionalmente, os cartéis das drogas buscavam instalar-se em setores estratégicos do estado para abrir brechas nas alfândegas e nos postos de imigração, e para controlar alguns tribunais de Justiça. Não se preocupavam em dominar a cúpula nacional. No México ainda é assim. Já nos países bolivarianos o crime organizado espalhou-se de alto a baixo na estrutura de poder. No modelo antigo, sempre havia um setor do estado que não tinha sido contaminado e podia reprimir os criminosos com a polícia ou as Forças Armadas. Nos narcoestados, essa capacidade de reação praticamente deixa de existir.
 
Como foi forjada a aliança desses governos com os narcotraficantes?
 
Quando iniciaram o seu mandato, eles não tinham essa ambição. A questão é que o modelo econômico que adotaram não funcionou. Nas empresas nacionalizadas houve uma queda na produção. Os investidores, internos e externos, sumiram. A corrupção se alastrou e os profissionais mais talentosos se mudaram para outros países. Com a economia desmoronando, esses governantes buscaram alternativas. Encontraram o crime organizado.

Como a sociedade brasileira é afetada pelos narcoestados da vizinhança?

 
O Brasil é o segundo maior mercado consumidor de cocaína do mundo, e conquistou esse posto porque houve uma mudança na forma de pagamento da droga entre os traficantes. Até os anos 80, quando ainda dominavam o tráfico de cocaína, os colombianos recompensavam seus intermediários em dinheiro. Com isso, a maior pane da droga apenas fazia escala no Brasil, de onde era enviada para outros países. Nos anos 90, os mexicanos mudaram as regras e passaram a pagar de 20% a 50% do valor em mercadoria. Isso obrigou seus parceiros em vários países a arrumar uma maneira de vender a cocaína.

Assim cresceram os mercados domésticos para a droga e suas variações, como o crack. com o impacto conhecido na criminalidade. Quando um viciado fica sem dinheiro, rouba oi comete outros crimes. Os pontos de venda passam a ser disputados e os bandos começam a se armar com fuzis AK-47 e lançadores de granadas. Quando eles entram em combate com policiais armados apenas com pistolas o desequilíbrio de forças é tremendo. Não há um único caso no mundo em que o crescimento do consumo de drogas ilícitas não tenha sido acompanhado de aumento da criminalidade.
 
De que maneira a conivência do estado com o tráfico prejudica os cidadãos venezuelanos, bolivianos e equatorianos?
 
Onde há narcotráfico, há lavagem de dinheiro, tráfico de seres humanos e prostituição. O avanço das atividades ilícitas sempre é acompanhado por surtos de riqueza surpreendentes, que não podem ser explicados pela economia formal. No Panamá, estão sendo construídos arranha-céus que depois ficam totalmente vazios.

Trata-se de lavagem de dinheiro pura e simples. Como os donos das construtoras que erguem esses prédios podem trabalhar no prejuízo. acabam competindo deslealmente com as empreiteiras honestas. As atividades econômicas legitimas, portanto, são prejudicadas. Essa distorção ocorreu na Colômbia nos anos 80 e agora é a regra nos países bolivarianos. Será muito difícil reverter essa situação e recuperar a pane legítima da economia, tomando-a apta para competir no mercado global.
 
Por quê?
 
Porque os criminosos e seus aliados no poder criam laços, fazem negócios e trocam experiências com outros bandos e com o governo de outras nações. Cria-se assim uma rede internacional de proteção mútua. Se Evo Morales cambaleia no poder. Chávez aterrissa em La Paz com um cheque ou aparece a presidente argentina Cristina Kirchner oferecendo novos projetos.

Esses governos já resistiram a vários momentos de aguda crise interna por causa dessa rede de apoio, cuja fachada é a afinidade ideológica. No fim de 2010, quando Chávez ficou sem dinheiro (a economia estava em recessão pelo segundo ano seguido), os chineses lhe deram 20 bilhões de dólares. Em troca, garantiram o abastecimento de petróleo venezuelano por muitos anos. Os novos narcoestados latino-americanos também forjaram uma aliança poderosa com o Irã. Ela é feita de acordos que, embora não tragam benefícios econômicos notáveis, têm um sentido estratégico.
 
O Irã tem petróleo e está muito longe daqui. Qual é o seu interesse na América Latina?
 
Um dos objetivos claros do Irã é driblar as sanções internacionais. Na Venezuela, criaram-se instituições financeiras de fachada, como o Banco Internacional de Desenvolvimento, que Chávez sempre disse que não era iraniano. Eu tive acesso aos papéis de sua fundação, contudo, e verifiquei que todos os dezessete diretores eram iranianos. Tinham passaporte e nomes persas. O banco era usado para movimentar o dinheiro das transações internacionais do Irã. especialmente as relacionadas ao seu programa nuclear.

Depois que esse esquema foi descoberto. o Irã e a Venezuela inventaram outros. Um deles consiste em criar um fundo binacional, ou seja, uma conta conjunta. supostamente para promover a agricultura, na qual cada país deposita alguns bilhões de dólares. Depois esse fundo simplesmente desaparece e o dinheiro some. É uma maneira de fazer com que o capital iraniano possa circular com um rótulo diferente, com outra denominação de origem. No Equador, os iranianos utilizam bancos nacionais que não funcionam mais, mas ainda existem no papel. Bem mais difícil é saber o que eles querem na Bolívia. Há 140 diplomatas iranianos que oficialmente atuam como assessores comerciais no país, mas o comércio bilateral não passa de alguns poucos milhões de dólares. Não há justificativa para tanto funcionário ligado à embaixada.
 
O senhor arrisca uma explicação?
 
Temo que o Irã queira usar a América Latina para ameaçar ou chantagear os Estados Unidos. Os generais venezuelanos carregam nos bolsos um pequeno livro com as doutrinas do Hezbollah, um grupo fundamentalista xiita apoiado pelo Irã. O texto contém a meta de derrubar o império americano com armas de destruição em massa. O intercâmbio com os países bolivarianos serviria, então, para montar um perigoso arsenal, talvez químico ou biológico, no quintal dos americanos.
 
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse estar disposto a iniciar negociações com as FARC. Quais são as chances de isso dar certo?
 
Qualquer negociação séria teria de conseguir que as Farc abandonassem o narcotráfico, o que é impossível. Muita gente depende dessa rede que se alastra por todo o planeta. A questão do narcotráfico muito provavelmente ficaria de fora em uma negociação de paz. As lideranças das FARC nunca demonstraram disposição para abrir mão dessa que se tomou sua principal atividade.
 
O Plano Colômbia, assinado com os Estados Unidos em 1999 com o objetivo de reduzir a produção e o tráfico de cocaína, foi bem-sucedido?
 
Quem ler as metas que foram escritas no tratado de 1999 poderá concluir que se tratou de um fracasso espetacular. Os dois países previam baixar a exportação de cocaína pela metade e falavam em muitos outros objetivos que ao final não se concretizaram. Fora do papel, o plano fez história. Nos Estados Unidos, o consumo de cocaína caiu mais de 20% em dez anos.
 
Na Colômbia, o risco de o estado ruir não existe mais. As FARC estão debilitadas e não há mais grandes cartéis com liberdade para fazer seus negócios. Com apoio americano, os colombianos se puseram a trabalhar para fechar as feridas das décadas de confronto com a guerrilha.
 
Os Estados Unidos financiaram menos de 10% do Plano Colômbia. A maior parte dos recursos veio dos colombianos. que aumentaram os impostos pagos pela própria população para assumir as despesas da guerra interna. Eles reduziram a violência sem fazer nenhum pacto com os narcotraficantes. Demonstraram com isso uma capacidade que ainda falta aos mexicanos. Infelizmente, outros países da região escolheram seguir o rumo oposto.

Fonte: entrevista dada por Douglas Farah à revista Veja em setembro de 2012.
            Versão do site DefesaNet


terça-feira, 10 de setembro de 2013

O COMUNISMO NO BRASIL E O GRAMSCISMO

COMUNISMO NO BRASIL: A AMEAÇA iminente "uma tentativa de impedir a TRAGÉDIA"
No Brasil, cerca de 200 membros do Congresso Nacional estão sob investigação. Um parlamentar, que é acusado de assassinato, supostamente desmembrado o seu rival político com uma motosserra. Outro remeteu 10.000 mil dólares americanos destinados a um projeto de construção de estradas a uma conta bancária no exterior. Um terceiro político é acusado de ter ordenado o seqüestro de três padres que fizeram campanha em nome dos sem-terra.

Hoje, o Congresso é provavelmente a instituição mais desprezada no Brasil. A revista Veja retrata-o à beira de um precipício, com os legisladores que se parecem com ratos que caem no abismo, "

O Brasil nunca antes esteve sob o comando de pessoas tão arrogantes como Lula, Dilma Rousseff e os barões do PT", escreve Veja, em referência ao partido de Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores "

Na verdade, o PT parece estar completamente fora de contato com a realidade. A burocracia do governo,com seus 39 ministérios, consome € 100 bilhões por ano.

Estes são tempos difíceis para o PT... Embora a esquerda, a voz tradicional do povo, esteja no poder, esta aliança tradicional foi abalada e a confiança abalada desde que o governo Lula foi envolvido em um escândalo de corrupção, O MENSALÃO!

A ameaça de FORO DE SÃO PAULO""
O Fórum de São Paulo foi criado por Lula e discutido com Fidel Castro até o final de 1989, tendo sido fundado no ano seguinte, sob a presidência de Lula, que permaneceu na liderança dessa instituição por 12 anos, sendo que teve de renunciar a ela, a fim de tomar posse como presidente do Brasil em 2003.
O objetivo da organização era reconstruir o movimento comunista, abalado com a queda da URSS. "Reconquistar na América Latina tudo o que perdemos no Leste Europeu" Era o objetivo proclamado pela assembléia anual da instituição.

Os meios para alcançá-lo, consistiam em promover a união e integração de todos os partidos comunistas e pró-comunistas e os movimentos da América Latina, e no desenvolvimento de novas estratégias, mais flexíveis e mais bem camufladas para a conquista do poder.
Na prática, desde meados da década de 1990, não houve nem um partido de esquerda ou entidade que não tivesse sido associado com o Foro de São Paulo, assinando e seguindo suas resoluções e participando da intensa atividade dos "grupos de trabalho" que realizam reuniões quase todos os meses em muitas capitais da América Latina.

O Fórum tem a sua própria concepcao, América Libre (America Free), uma editora, bem como uma extensa rede de sites coordenados a partir da Espanha. Também exerce o controle oficial sobre uma infinidade de publicações impressas e eletrônicas. A rapidez e eficácia com que as suas decisões são transmitidos a toda a região pode ser medido pelo seu sucesso contínuo em encobrir a sua própria existência, durante, pelo menos, 16 anos.
A Classe jornalística do Brasil é maciçamente de esquerda, e até mesmo os profissionais que não estão envolvidos em qualquer tipo de militância, se sentem relutantes em se opor às instruções.

O Fórum é composto por duas partes legais , como o Partido dos Trabalhadores do Brasil em si , e as organizações criminosas de seqüestradores e narcotraficantes , como o MIR chileno ( Movimiento de la Izquierda Revolucionária ) e as FARC ( Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) . O primeiro é responsável por uma infinidade de seqüestros , inclusive de dois empresários brasileiros famosos , este último é praticamente o controlador exclusivo do mercado de cocaína na América Latina hoje em dia.

Todas estas organizações participam do Fórum sobre igualdade de condições , o que torna possível que , quando os agentes de uma organização criminosa são presos em um país , entidades legais podem mobilizar-se imediatamente para socorre-los, promovendo manifestações e lançamento de campanhas pedindo sua libertação.

Às vezes, a proteção que as organizações legais dao aos seus parceiros criminosos vai ainda mais longe , como aconteceu , por exemplo, quando o governador do estado do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, um importante membro do Partido dos Trabalhadores , recebeu um comandante das FARC como convidado de Estado , ou quando o governo Lula concedeu asilo político para o agente de ligação entre as FARC eo Partido dos Trabalhadores , Olivério Medina, e um cargo público para sua esposa .
Algum tempo antes , Medina confessou ter trazido uma contribuição ilegal de US $ 5 milhões para a campanha presidencial de Lula.


***A AMEAÇA COMUNISTA "SUBTERRANEA"....

De acordo com a história, o comunismo e seus aliados o marxismo e o socialismo, terminaram com a queda da União Soviética em 26 de dezembro de 1991, após a União Soviética foi dissolvida pela declaração № 142-H.

Nenhuma das ideologias mencionadas desapareceram em 1991. Elas ainda são graves ameaças à assuntos mundiais hoje. Na verdade, o que realmente aconteceu em 1991 não foi a queda do comunismo, mas a sua mudança para uma operação subterrânea, onde está a planear um retorno. A queda da União Soviética não foi o fim da ameaça comunista, mas o início da próxima fase da conquista do mundo pelos mesmos poderes que financiaram e apoiaram regimes marxistas e fascistas em todo o planeta.

***Um artigo para entender um pouco mais, o que realmente acontece no Brasil nos dias de hoje:

*** A tomada do poder: Gramsci e a comunização do Brasil
por Anatoli Oliynik

A consciência de uma ameaça iminente comunista no Brasil está crescendo...

A peça abaixo é muito mais do que uma chamada wake-up para o Brasil.
É um grito de guerra se esforçando para mobilizar a determinação dos patriotas da nação cair antes das próximas eleições...

***Em nenhum lugar do mundo o pensamento de Gramsci tem sido aplicado de uma forma tão disciplinada como agora no Brasil, pelo Partido dos Trabalhadores (PT, Partido dos Trabalhadores), como a nomenclatura do governo segue estritamente as diretivas transmitidas pelos intelectuais da USP (Universidade de São Paulo), que executa o Foro de São Paulo e aderir estritamente aos Cadernos do Cárcere de Gramsci.

Quem não está familiarizado com as ideologias políticas certamente deve estar se perguntando: Quem foi Gramsci e qual é a sua relação com o comunismo brasileiro?

Antônio Gramsci (1891-1937), pensador político, foi um dos fundadores do Partido Comunista Italiano em 1921, e o primeiro teórico marxista que apresentou a ideia de que a revolução na Europa Ocidental deve divergir em grande parte do curso Seguido pelos bolcheviques russos, liderados por Vladimir Ilitch Ulianov Lênin (1870-1924) e mais tarde por Iossif Vissirianovitch Djugatchvili Stalin (1879-1953).

Durante sua prisão na Itália 1926-1935, escreveu muitos textos Acerca do comunismo que começou a ser publicada, em parte, na década de 30, e integralmente em 1975, sob o título "Cadernos do Cárcere".

Esta publicação, distribuída em vários continentes, tornou-se o "catecismo das esquerdas", que viram nela uma forma muito mais poderosa para conseguir o velho sonho de estabelecer o totalitarismo, sem a necessidade de derramamento de sangue, como aconteceu na Rússia, China, Cuba, Oriente Europa, Coréia do Norte, Camboja e Vietnã, todos os países que foram vítimas de uma loucura coletiva desencadeada por idiotas ideológicos.

***Gramsci difunde que o comunismo não deve ser implantado pela força, como na Rússia, mas de forma pacífica, por infiltração "sub-reptícia", Aos poucos avançando lentamente e revolucionándo ideias.

A estratégia consiste em seguir a letra da lei com ações políticas que são, então, humildemente aceitas pelas pessoas, ao mesmo tempo com consciência entorpecente e envolvendo a sociedade em um estado de stupor criado por propaganda subliminar, indetectável para os desavisados, que são, a priori, a grande maioria da população.

E assim, deslumbrado com as declarações de Gramsci melífluos, a consciência não pode mais reconhecer a atração que acaba por ser ingerido.

***A originalidade da tese de Gramsci reside na substituição do conceito de "ditadura do proletariado" por "hegemonia do proletariado" e * a conquista de posições ", pelo qual a classe (revolucionária) deve assumir Ambos dominação e liderança. ***

***Vale frizar que cada tomada do poder só pode ser alcançado por alianças, e que a principal tarefa da classe revolucionária deve ser política e intelectual principalmente.""

*Dra. Marli Nogueira, Juiza do Tribunal do Trabalho, em Brasília, que estuda o assunto, dá a seguinte definição do termo "hegemonia": "A hegemonia é o esforço para criar um entendimento uniforme de certas questões e certificando-se que a população confia nesta ou naquela medida, este ou aquele critério, de modo que após o comunismo tomar o poder, não haverá resistência."""

***Isto deve ser feito, de acordo com os ensinamentos de Gramsci, E espalha-los por meio de" intelectuais orgânicos "(ou geradores de revisão), o último, Composto por intelectuais de todos os tipos,: como professores - principalmente professores universitários (porque o jovem é um grande terreno fértil para isso), a mídia (jornalistas, literatos de todos os tipos) e editores (autores que partilham os mesmos pontos de vista políticos), que são, então, responsável pela divulgação dos materiais para a população."""

***Em relação à "conquista de posições", isso pode ser claramente verificado no compromisso de mais de 20 mil pessoas em cargos de confiança pelo PT em todo o território brasileiro, onde os detentores de cargos, militantes congênitos, têm a missão de fazer a "hegemonia" acontecer."""

De acordo com Gramsci, o objetivo principal da luta pela mudança é conquistar, primeiro um após outro, todos os instrumentos de difusão ideológica (escolas, universidades, editoras, meios de comunicação social, artistas, sindicatos, etc.), na esfera da cultura, e posteriormente nas fábricas, ruas e nos quartéis.

O proletariado precisa transformar-se em uma força e um poder de cultura política dentro de um sistema de alianças, antes de atrever-se a atacar o poder do Estado burguês. E o partido deve adaptar sua tática para esses preceitos, sem medo da opinião de que não estão sendo revolucionários.

Tudo isso não é compreendido pelo povo brasileiro porque suas mentes ja estao entorpecidas pelo governo revolucionário que está no poder...

***Isto é exatamente o que está acontecendo no momento aqui no Brasil:"A PREPARAÇAO IDEOLOGICA". E pelo jeito, já está em um estágio muito avançado...

...Gramsci inverteu a teoria da Revolucao Lenin! Ao inves de começar primeiro a tomar o Estado, ***A REVOLUÇÃO deveria começar pela transformação da sociedade, privando a classe dominante do controle sobre a "sociedade civil" e, só então, atacar o poder do Estado-Nação."""

Sem esta primeira "revolução da mente e do espírito" qualquer vitória comunista seria efêmera. Portanto, Gramsci definiu a sociedade como "um complexo sistema de relações ideais e culturais" onde a batalha deveria ser travada em termos religiosos, filosóficos, científicos, ideias artísticas, e assim por diante...

***Por esta razão, o caminho para o socialismo proposto por Gramsci não é feito com o proletariado de Marx e Lenin, ou os camponeses de Mao Tse Tung, mas Alcançados pelos intelectuais, a classe média, os alunos, através da cultura, a educação e os efeitos multiplicadores das instituições sociais.

Eles devem se esforçar para mudar a mentalidade por meio de métodos persuasivos, sugestivos ou por meio de coação, ao desviar sua adesão ao sistema tradicional de valores morais e implantar os valores da ideologia comunista.

Fidel Castro, é claro, foi o último dinossauro a adotar os métodos de Lênin. Pode-se dizer que Fidel é o último dos moicanos, se considerarmos que seus discípulos Lula, Morales, Kirchner, Vasquez e Zapatero, estão aplicando, com sucesso, as teses dos Cadernos do Cárcere, de Antônio Gramsci.

Chávez, o troglodita venezuelano, optou pela força bruta e fraudes eleitorais. No Brasil, o MST e a Via Campesina, são mantidos ativos como garantia, em caso deve optar por uma revolução sangrenta que é a estratégia leninista."""

***Todos os valores que a civilização ocidental construiu ao longo de milênios vêm sendo sistematicamente derrubados, sob o olhar complacente de todo o Brasil, Que em uma inocência infantil, seja o resultado de uma fraqueza deliberada de educação ou por ignorância da verdadeira intenção da esquerda, nem sequer percebem que é a sobrevivência da própria sociedade que está sendo destruída."""

***Estes valores estão perdidos, não há espaço até mesmo para a indignação que, em outros tempos poderia brotar instantaneamente a partir do simples fato de a consciência dos acontecimentos recentes: como a chocante corrupção em todos os níveis do Estado."""

***O entorpecimento da razão humana, tendo por consequência a distância entre governantes e governados, alcançou tal nível que se tornou extremamente difícil, se não impossível, para detectar qualquer tipo de reação das pessoas."""

Dado que os responsáveis pela sua defesa - imprensa, associações civis, empresas, clero, entre outros - são totalmente dominados pelo governo "gramsciano" que há anos tem governado o país.

***O resultado não poderia ser outro: a absoluta impossibilidade de defender o povo brasileiro. Para eles, não há alternativa de esquerda, mas para assistir, impotente e inerte, os abusos e os excessos daqueles que, por dever profissional, deveriam protegê-los."""

***A verdade é que os velhos métodos de implementação do socialismo e do comunismo têm sido definitivamente enterrados.

Um novo paradigma está sendo adotado, cuja força avassaladora está sendo esquecida, e o que é pior, não é percebido pelo povo brasileiro."""
***O Brasil está sendo transformado pela esquerda em um laboratório político do pensamento de Gramsci sob a liderança de Lula, um estudante diligente, e a autoridade do Fórum de São Paulo."""

Anatoli Oliynik é um administrador e consultor de negócios.
http://www.paultrog.com/articles/GramsciAndCommunizationofBrasil.aspx

VEJA TAMBEM VIDEO DA CAMPANHA DO PT:
http://m.youtube.com/watch?v=nO1cV5qKwCA&desktop_uri=%2Fwatch%3Fv%3DnO1cV5qKwCA

Em tempo...

O gramscismo, é perverso justamente por querer transformar o mundo sem ser notado, como se houvesse ocorrido uma mudança natural.

***"Aqueles que aceitam conscientemente fazer parte dessa estratégia são réus confessos de crime contra a humanidade." E entre esses estão os ideólogos e militantes petistas.

O programa do PT é gramsciano, assim como todos os homens de esquerda desse país, ainda que os adeptos declarados sejam poucos.

"Para não passarem por “conservadores”, “reacionários”, “direitistas”, os brasileiros, principalmente os jovens, preferem acreditar que “um outro mundo é possível”, sem saber, ou fingindo não saber, que estão colaborando com os ***regimes mais injustos e assassinos já criados neste mundo".
http://www.paultrog.com/articles/GramsciAndCommunizationofBrasil.aspx