sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Edifício criado por Frank Gehry tem formas irregulares e fachada transparente


Claudia Uribe
Detalhe da fachada do edifício
No final de janeiro foi inaugurado em Miami, Estados Unidos, o New World Center, prédio principal da New World Symphony (NWS). Projetado pelo arquiteto norte-americano Frank Gehry, o edifício de 9,3 mil m² começou a ser construído em janeiro de 2008, sob investimento de US$ 160 milhões provenientes da própria sinfonia.
A fachada do edifício, principal destaque do projeto, é constituída por uma parede de vidro de 24 m de altura que, segundo a NWS, "desaparece quando iluminada". No topo da fachada, encontra-se um painel de 60 m² de LED, responsável pelo anúncio de eventos da NWS.
Ao lado da fachada envidraçada, uma parede de 650 m² servirá como painel de projeções durante a realização de apresentações externas. Na fachada norte, um toldo tem a função de produzir sombra para a janela do salão de concertos.
Outra parte importante do edifício é o átrio central, composto por inúmeras formas irregulares na cor branca que podem ser vistas através da fachada de vidro. O átrio funciona como espaço de descanso para visitantes, funcionários e músicos do local, com vários bancos e um bar construído em vidro e fortemente iluminado, coberto por uma chapa de titânio.
Claudia Uribe
Ao lado esquerdo, fachada envidraçada; do lado direito, parede para projeções

A partir do átrio é possível acessar a entrada para o salão de concertos, com capacidade para 756 pessoas, sendo 247 assentos retráteis. Todos os assentos contam com tecido com uma estampa projetada pelo próprio Gehry, nas cores branca e azul, relembrando o céu e o mar de Miami.
O palco possui 14 configurações diferentes, podendo ser alterado de acordo com a necessidade da apresentação. Conta, ainda, com dez níveis de elevação possíveis, além de quatro plataformas satélites localizadas dentro do salão.
Grandes velas acústicas funcionam também como telas de projeção, contribuindo para o espetáculo. A luz natural entra através de uma grande janela ao fundo do salão.
Juntamente ao salão de concertos, um pavilhão multifuncional serve de sala de aula e também como um espaço para apresentações menores. Uma das paredes deste pavilhão é feita de vidro, permitindo que pedestres assistam aos músicos durante o treinamento e se sintam convidados a entrar no edifício. Um mezanino permite que pessoas acompanhem os músicos, sem atrapalhá-los.
Na cobertura do edifício, um terraço envolto por um jardim abriga uma biblioteca. Dois elevadores permitem o acesso ao local.
Claudia Uribe
É possível visualizar as formas do átrio pelo vidro

Claudia Uribe
Palco tem 14 configurações diferentes para espetáculos

Claudia Uribe
Formas irregulares se apresentam somente no interior do edifício

Claudia Uribe
Bar de vidro é coberto por uma chapa de titânio

Claudia Uribe
Átrio conta com escadas e iluminação natural vinda do teto

Fonte: A.U.

Um comentário:

  1. Depois do museu de Bilbao, que pra mim é a maior obra prima da arquitetura na segunda metade do século XX, Frank Gehry inova com este belíssimo edifício! Um aspécto maravilhoso é o espaço assimétrico interno e a chapa de titânio.

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