sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Para engenheiros, pequenas obras salvariam 80% no Rio

O presidente do Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), Agostinho Guerreiro, culpou as prefeituras ontem ao apresentar relatório preliminar dos técnicos sobre as chuvas na Região Serrana e disse que 80% dos mortos poderiam ter sido salvos.

Segundo ele, "se as prefeituras cumprissem as leis brasileiras, 80% das vidas daquelas regiões não teriam sido perdidas".

Até ontem, eram registradas 838 mortes e havia mais de 500 pessoas desaparecidas na região.

O documento critica a falta de fiscalização do Código Florestal, que proíbe a ocupação das áreas de proteção permanente, como topos de morros, e a falta de plano de contingência para emergências, além de sugerir construção de barragens ao longo das encostas e de parques estrategicamente localizados para servirem de bacias de retenção das águas pluviais.

"Obras emergenciais, de curto prazo e relativamente baratas, devem ser feitas até o próximo ano", acrescentou o presidente do Crea.

Poeira traz doenças

Nova Friburgo ainda terá um ano de doenças em decorrência dos temporais e deslizamentos de terra, previu a secretária municipal de Saúde, Jamila Calil, em entrevista à Agência Brasil.

A perspectiva é de que a situação se agrave devido ao aumento dos problemas provocados pela grande quantidade de sujeira e poeira que toma conta do município.

A secretaria prevê mais casos de doenças respiratórias e de pessoas com ferimentos infeccionados.

Fonte: Crea-RJ

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