domingo, 23 de janeiro de 2011

Universidade Técnica de Munique, da Baviera para o mundo

 

Em casa na Baviera, coroada de êxito no mundo. Este é o lema da Universidade Técnica de Munique, uma das primeiras instituições de ensino superior da Alemanha que passa a ser fomentada como universidade de elite.

 

Como as forças fundamentais da natureza influenciaram na criação do universo e dos elementos que hoje conhecemos? Como sistemas técnicos são aprendidos e reconhecidos e como eles reagem ao inesperado?

A procura das respostas a tais perguntas, juntamente com o projeto de universidade-empresa e programas internacionais de pós-graduação em ciência e engenharia, levou a Universidade Técnica de Munique (TUM) a se tornar uma das universidades de excelência da Alemanha.

Com mais de 20 mil alunos e institutos que se estendem até Cingapura, a antiga Escola Politécnica de Munique receberá, anualmente, cerca de 30 milhões de euros adicionais por ser uma das vencedoras da chamada "iniciativa de excelência" do governo federal alemão.

Da agricultura à tecnologia de ponta

Fundada como Escola Politécnica de Munique pelo rei da Baviera Ludwig 2º em 1868, a TUM muito contribuiu para tornar o Estado da Baviera um dos mais prósperos da Alemanha, como explica a própria universidade.

Ao contar sua história, a TUM salienta que a formação técnico-científica da instituição prestou várias contribuições na mudança da Baviera de um Estado agrário para um Estado industrial e para uma região com tecnologia de ponta.

Além de importantes arquitetos, cientistas e empresários, engenheiros como Rudolf Diesel, inventor do motor a combustão, e Claude Dornier, construtor alemão de aviões, estão entre os nomes que por ali passaram. Hoje a TUM conta com mais de 20 mil alunos espalhados em três campi (Munique, Garching e Freising-Weihenstephan).

A TUM tem faculdades nas áreas de Medicina, Engenharia, Arquitetura, Informática, Eletrotécnica, Engenharia Mecânica, Economia, Esporte, Química, Matemática e Física. Entre seus centros de pesquisa, está o Reator de Pesquisas Nucleares de Munique, que se localiza em Garching, nas vizinhanças de diversos institutos Max Planck.

Na Baviera e no mundo

Com a fundação do Instituto Alemão de Ciência e Tecnologia (Gist) em Cingapura, no ano de 2002, a TUM tornou-se a primeira universidade alemã a se expandir para o exterior, fazendo jus ao seu lema: "Em casa na Baviera, coroada de êxito no mundo".

Cerca de 25% dos estudantes são estrangeiros e as reformas introduzidas por seu atual presidente Wolfgang Herrmann tornaram-se parâmetro para as demais universidades públicas alemãs e austríacas.

"Eficiente, interdisciplinar e internacional, enxuta na administração e rápida na implementação de decisões políticas – só assim as universidades públicas alemãs serão capazes de concorrer internacionalmente", declara Herrmann, que há mais de dez anos dirige a universidade bávara.

Parceria com a Universidade Ludwig Maximilian

Entre os projetos de pesquisa da TUM, estão Origem e Estrutura da Física Fundamental do Universo e Cognição de Sistemas Técnicos, que passam agora a ser considerados "clusters de excelência" pela iniciativa do governo federal alemão.

No primeiro projeto, físicos de diversas áreas procuram respostas para problemas ainda não resolvidos da ciência moderna: a estrutura interna da matéria, espaço e a natureza das forças fundamentais; e a estrutura, geometria e composição do universo.

O segundo investiga cognição para sistemas técnicos como automóveis e robôs, melhorando assim sua confiabilidade, flexibilidade e segurança. Além destes projetos, o conceito "TUM, Universidade Empresarial" também ajudou a instituição a tornar-se universidade de excelência. A TUM participa ainda de vários projetos da Universidade Ludwig Maximilian, selecionados pela "iniciativa de excelência" do governo federal alemão.

As universidades escolhidas como "universidade de elite" pela Sociedade Alemã de Pesquisa (DFG) e pelo Conselho da Ciência (Wissenschaftsrat) serão agraciadas, até 2011, com cerca de 1,9 bilhão de euros adicionais para investimentos em pesquisas de ponta.

Fonte: Deutsche Welle

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