quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Desabamento no centro do Rio de Janeiro.

   Dois prédios desabaram um pouco antes das 21h desta quarta-feira (25) na região da Rua Treze de Maio, no Centro do Rio de Janeiro, segundo informações do Centro de Operações da Prefeitura.   Em entrevista, o prefeito Eduardo Paes afirmou que foram atingidos um prédio de dez andares e outro de 20 andares.  "Aparentemente não foi uma explosão, o desabamento aconteceu por um dano estrutural no prédio.  Acredito que não tenha sido vazamento de gás", disse o prefeito, que anunciou a abertura de um posto de informações em frente à agencia da Caixa Econômica Federal, na esquina das avenidas Chile e Rio Branco.
De acordo com a empresária Zilene Bernardino, que trabalha no local, o prédio de dez andares fica na Rua Manuel de Carvalho, esquina com Treze de Maio, e o outro na própria Treze de Maio. Um terceiro prédio, de menores proporções, também pode ter desabado, segundo testemunhas.

desabamento rio arte inforgráfico (Foto: G1)


   A Defesa Civil Estadual informou que o desabamento deixou 11 vítimas, sem detalhar mortos e feridos. Quatro dos feridos receberam atendimento no Hospital Souza Aguiar: três homens (dois de 37 anos e um de 50) e uma mulher de 28 anos.    O quadro mais grave é da mulher, que teve lesão no couro cabeludo e vai ter que passar por cirurgia.

   Um zelador e um operário, que estava dentro de um elevador, estão entre os feridos retirados com vida dos escombros.   As informações são do coronel Sérgio Simões, secretário estadual de Defesa Civil.   Ainda de acordo com o coronel, as buscas se concentram em dois pontos sinalizados com a ajuda de cães farejadores.

   Uma moradora de um prédio vizinho relatou que três andares de um dos prédios passavam por reforma. "De repente, ouvimos um grande barulho e começou a voar tudo", contou a argentina Devora Galavardo, que mora há seis meses em frente ao prédio que desabou.

   Amigos e parentes cercam o local em busca de informações sobre pessoas que trabalham na região, enquanto a Guarda Municipal impede a aproximação, pelo temor de dano estrutural às construções vizinhas.
De acordo com a assessoria do Corpo de Bombeiros, há 60 homens da corporação no local do desabamento atuando no trabalho de socorro. Há bombeiros dos quartéis da Barra da Tijuca, de São Cristóvão e do Centro. Há 14 viaturas entre ambulâncias, caminhões de água e de escada magirus. O prefeito Eduardo Paes está no local.

Prédio desaba no Centro do Rio (Foto: Marcelo Piu/Agência O Globo)Prédio desaba no Centro do Rio (Foto: Marcelo Piu/Agência O Globo)

Queda de prédio na Cinelândia (Foto: Rafael Andrade/VC no G1)
Queda de prédio na Rua Treze de Maio
(Foto: Rafael Andrade/VC no G1)

   De acordo com informações do Centro de Operações da prefeitura, a Avenida Almirante Barroso, entre a Rua Senador Dantas e Avenida Rio Branco, está interditada em ambos os sentidos.   No twitter do Centro de Operações, a prefeitura faz um alerta: "Atenção motoristas! Evite a região da Cinelândia, Carioca e Rio Branco para não atrapalhar os trabalhos dos Bombeiros e Defesa Civil".

   Segundo o Metrô Rio, as estações da Presidente Vargas, Uruguaiana, Carioca e Cinelândia foram fechadas. Com isso, a Linha 1 vai de Ipanema até a Glória e Linha 2, até Central.

   O Centro de Operações Rio informou ainda que as linhas de ônibus 180 e 184, que passam pelo metrô do Largo do Machado até a Central, estão sendo reforçadas por conta do fechamento de quatro estações do metrô.


   A Light desligou a luz nos arredores para evitar incêndios. Vinte viaturas da polícia foram acionadas para isolar a área.

   Em nota oficial, o Theatro Municipal informou que o desabamento do edifício da rua Treze de Maio não causou prejuízos ao prédio, nem danos estruturais.    A única parte atingida por escombros foi a bilheteria, no prédio anexo.   Nenhum funcionário foi atingido.

Prédio desaba e causa destruição no Centro do Rio (Foto: Reprodução TV Globo)Prédio desaba e causa destruição no Centro do Rio (Foto: Reprodução TV Globo)

Fonte: G1 
25/01/2012


Mapa detalhado dos prédios do desabamento no Rio (Foto: Arte G1)


    Depois dos últimos episódios no Rio de Janeiro, percebe-se claramente que não há uma fiscalização eficiente por parte do poder municipal e por parte do Confea/Crea.
    Engenharia não é uma atividade para qualquer pessoa, provavelmente é a profissão que envolve o maior risco de vida e o maior risco financeiro.
    O país deve analisar a posição de sua engenharia e tratá-la como prioridade nacional.    Este tratamento vai desde a aprovação de novas universidades à constante fiscalização das obras que acontecem na sociedade.     Não podemos deixar que uma das maiores engenharias do mundo (década de 1970) seja negligenciada, seja tratada em segundo plano.
    Ando pela cidade do Rio de Janeiro e vejo viadutos e elevados sem nenhuma conservação,  em alguns casos tenho a nítida sensação que o tabuleiro está oscilando excessivamente, isso me leva a pensar em perda de protensão nos cabos!!!    Vejo armadura exposta, fendas de dilatação sem neoprene, pavimentação muito desgastada...   Nas ruas vemos praças mal cuidadas, ausência de iluminação em muitas ruas, prédios com fachadas muito corroídas pelo efeito do tempo...
    A prefeitura do Rio de Janeiro deve entender que uma cidade é feita de concreto, de tijolos, de aço e de pessoas e não só de papel e de impostos.
   
Engº. Alberto Cohen Filho

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