Estimular a formação de mais engenheiros para garantir o desenvolvimento sustentável do País. A ideia foi apresentada pelo ministro Aloizio Mercadante, nesta terça (22), em Brasília, no 6º Encontro de Lideranças promovido pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea). Dentro das discussões no painel “Política Nacional de CT&I e Política de Desenvolvimento Produtivo (Investimentos: Desafios e Oportunidades), Mercadante sustentou a necessidade de intensificar o processo de formação de engenheiros para atender às demandas, com o recente crescimento econômico do País, e para inserir o Brasil no atual contexto de competitividade internacional, diante da constatação de insuficiência de profissionais no mercado.
O ministro comparou a situação brasileira em relação a países com maior grau de desenvolvimento. Para ele, uma alternativa seria formar tecnólogos para suprir parte das necessidades. “Nós tínhamos, no ano passado, 30 mil engenheiros formados e 10 mil tecnólogos, mas na China são 250 mil tecnólogos que se formam em cursos de três anos. No Brasil, formamos um engenheiro a cada 50 formandos, enquanto a Coréia forma um engenheiro a cada quatro formandos. Temos que acelerar essa formação”, enfatizou Mercadante.
O ministro informou que está sendo elaborado um Programa Nacional para as Engenharias, com a participação de outras instituições e de agências de fomento, para estimular as engenharias a aperfeiçoar a formação desse engenheiro que é o tecnólogo, especializado em alguma área da cadeia produtiva. “Hoje falta profissional no mercado de trabalho. E a solução não é importar mão de obra. É formar aqui, gerar oportunidade aqui”, afirmou.
De acordo com o ministro, o Brasil voltou a crescer de forma acelerada, mas ainda enfrenta problemas originados do grande período que enfrentou de baixo crescimento. Entre as dificuldades atuais, ele aponta a falta de estrutura, a falta de logística e, em especial, o déficit na formação de mão de obra e de recursos humanos.
“O Brasil avançou muito na formação de recursos humanos, em 1987, 5 mil mestres e doutores foram formados, enquanto, ano passado, formamos 50 mil. O sistema de pós-graduação foi ampliado e interiorizado”, disse. “Agora nós vamos ter que combinar uma engenharia mais longa com uma engenharia mais curta para atender determinados setores da cadeia produtiva. Só no Pré-Sal nós vamos precisar de 200 mil engenheiros nos próximos 15 anos”, acrescentou.
Em seu pronunciamento, Mercante também anunciou que vai acolher a sugestão apresentada no evento pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) para a criação do um fundo específico para o setor, como ocorre com os Fundos Setoriais em áreas estratégicas, administrados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT). (DOL, com informações do Ministério da Ciência e Tecnologia).
Fonte: Confea
Este é o gargalo do desenvolvimento brasileiro!! Não há engenheiros!! Durante mais de duas décadas, os engenheiros foram negligênciados pelo governo e pela sociedade! Mas há um outro tópico que deve ser levado muito a sério. A geração atual não quer estudar!!! Querem fazer cursos de dois anos em período noturno com validade de curso superior e depois de "formados" ganharem altos salários e ainda trabalharem pouco...
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