quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Arquiteto do escritório RGC propõe fazenda vertical para prédios abandonados em São Paulo

 
  O arquiteto Rafael Grinberg Costa, sócio do escritório RGC Arquitetura, apresentou à subprefeitura da Sé e ao Ministério Público de São Paulo um projeto para transformar os edifícios Mercúrio e São Vito, abandonados desde 2009, em uma fazenda vertical.   A proposta não foi aceita e os prédios estão em processo de demolição, que deve ser finalizado em abril. "Utilizamos os edifícios São Vito e Mercúrio como exemplo devido à sua degradação e abandono, mas nada impede que o conceito seja utilizado em outros edifícios da cidade de São Paulo", disse Costa.   Segundo ele, esse conceito já foi utilizado na cidade de Detroit, nos Estados Unidos, onde estruturas de antigas fábricas de carros foram reaproveitadas para construção de fazendas verticais.
Divulgação: RGC Arquitetura
Projeto não foi aceito pela prefeitura de São Paulo

  O projeto previa a transformação dos edifícios em uma área agrícola de cultivo hidropônico. Para isso, a estrutura de concreto dos edifícios receberia uma proteção térmica e se tornaria uma grande estufa, permitindo o cultivo de plantas durante o ano inteiro.
  A água utilizada para regar as plantas seria proveniente do Rio Tamanduateí. Segundo Costa, a "água preta" do rio passaria por um processo de tratamento e seria transformada em água cinza. Ainda, seriam instaladas placas fotovoltaicas nas fachadas dos edifícios para captação de energia solar.
  O edifício contaria ainda com um café e um restaurante panorâmico, abertos ao público, com uma vista de 360º da cidade.   A circulação seria por meio de passarelas e rampa.
  O complexo seria interligado ao Mercado Municipal e ao Palácio das Indústrias.   A proposta ainda previa a demolição do Viaduto Diário Popular, de modo que o acesso do Mercadão à Fazenda Vertical fosse realizado por meio de uma ponte para pedestres, construída a partir do atual estacionamento do Mercado, que teria seu estacionamento transformado em uma praça.
  Além da fazenda vertical, o projeto previa ainda a construção de um Centro de Educação Ambiental e de um estacionamento funcional, vinculados a um lago artificial, sempre com prioridade ao pedestre.   O estacionamento teria como objetivo suprir as vagas retiradas do entorno do Mercado Municipal e funcionaria com sistema de vaga marcada: quando o motorista retira o ticket para estacionar, o cartão informa a vaga e o andar para parar; quando o ticket retorna na saída, a vaga seria automaticamente liberada.
Divulgação: RGC Arquitetura
Edifício contaria com Centro de Educação Ambiental

Divulgação: RGC Arquitetura
Edifício seria transformado em uma estufa vertical, que permite cultivo de alimentos o ano inteiro

Divulgação: RGC Arquitetura
Centro de Educação Ambiental teria fechamento todo em vidro

Divulgação: RGC Arquitetura
Edifícios seriam um grande complexo, conectados a um lago artificial

Fonte: A.U.

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