Ponte sul da ilha do Fundão ancora 18 estais em pilone únicoProjeto arquitetônico da nova construção sobre o canal do Fundão exigiu o uso de fôrmas trepantesBruno Loturco | ||||||
As obras da ponte sul da ilha do Fundão, localizada na cidade do Rio de Janeiro, devem ser finalizadas em abril deste ano. A construção compreende um pilone único em concreto armado ancorando 18 estais metálicos em plano central único, dispostos em formato leque-harpa. Estais posteriores são contrabalançados por três pares de estais traseiros em dois planos.
O maior desafio da execução da ponte foi a moldagem do pilone proposto pelo arquiteto responsável pelo projeto, Alexandre Chan. De acordo com ele, a forma escultórica do elemento exigiu o uso de fôrmas trepantes. Essa foi a maneira encontrada pelo projeto de estruturas para evitar qualquer prejuízo do sistema formal-estrutural, revela Chan. Segundo ele, a intenção do formato é buscar efeitos de reflexão do sol e da iluminação de realce e com formato descontínuo na busca de expressão. "A ponte Sul aparecerá mais pelo conjunto formado por um único grande pilone e um único plano de estais, todos em cor branca. O formato geral de obelisco do pilone foi alterado na busca da comunicação dos esforços estruturais dos estais frontais e traseiros", explica.
Dentre as alternativas estudadas, Chan afirma que todas apresentaram contraindicações que variaram desde dificuldades operacionais até a questões estéticas, item constantemente salientado no escopo do projeto. Exemplos de alternativas eram vãos menores com pilares mais frequentes - evitados para a não invasão do meio hídrico - e arcos para o vão total ou o sistema de suspensão - mais comumente utilizados em vãos maiores.
Chan conta que, na evolução do desenho, ele notou a semelhança com o movimento e esforços de um pássaro marinho ao emergir das águas. "Essa imagem nos remeteu à foto do biguá, que, com esforços semelhantes, tentava sair das águas oleosas no desastre ocorrido na Baía da Guanabara", lembra ao revelar que, no escritório, o projeto ganhou o codinome de Biguá Renascido. Resumo da obra Execução: abril de 2010 a abril de 2011 Altura do pilone: 95,50 m a partir do bloco de fundação, incluindo mastro do pára-raios e sinalização de navegação aérea Nível máximo atingido: 102,56 m Área do bloco principal de fundação: 360 m² Vão de travessia do canal sustentado por estais: 170 m Altura livre mínima para navegação: 10,18 m Comprimento total da obra: 933,54 m, sendo 773,54 m estruturados e 160 m sobre aterro entaludado Área total da obra: 11.550 m², incluindo rótula de acesso Arquiteto: Alexandre Chan Engenheiro de estruturas: Vicente Garambone Construção: Queiroz Galvão S.A. |
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Ponte Estaiada no Fundão RJ
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Belíssima obra da engenharia estética!
ResponderExcluirFicará belíssimo!!!!!!
ResponderExcluirMais um cartão postal para a nossa linda cidade!