Weber Porto, Presidente da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo / Foto : Câmara Brasil-Alemanha
A Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo divulgou, no final de 2010, os resultados da sua 1ª Pesquisa de Conjuntura Econômica com Empresas Alemãs. A pesquisa de opinião e conjuntura foi realizada entre setembro e novembro do ano passado, com aproximadamente 1 mil empresas associadas à Câmara. Weber Porto, presidente da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo e representantes de grandes empresas alemãs fizeram, durante o evento, um balanço das atividades da Câmara em 2010 e falaram sobre as perspectivas do empresariado para o próximo ano. De acordo com o executivo, além de multinacionais, empresas alemãs de médio porte também estão investindo no Brasil. Em 2009, a Alemanha investiu US$ 2,4 bilhões no País, o que corresponde a 7,8% do total de IED (investimentos estrangeiros diretos) recebidos. Entre as empresas entrevistadas, 70,6% pretendem investir no Brasil no próximo ano.
Coletiva para imprensa da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo / Foto : Câmara Brasil-Alemanha
Economia Os dados da pesquisa mostram que mais de 80% das empresas vêem a situação econômica do País atualmente de forma favorável e acreditam que a conjuntura continuará positiva nos próximos seis meses. Após a crise financeira, a balança comercial entre Brasil e Alemanha está em forte recuperação. No acumulado de janeiro a setembro de 2010, o comércio entre os dois países cresceu 31% em relação ao mesmo período de 2009. Porto afirma que o Brasil deve encerrar 2010 exportando US$ 7,9 bilhões em produtos para a Alemanha e importando outros US$ 12,1 bilhões do país. Entre os produtos exportados o minério de ferro, o café, automóveis, soja e avião merecem destaque. Do Brasil, a Alemanha importou principalmente medicamentos humanos e veterinários, automóveis, tratores e compostos químicos no período analisado.
Desafios A falta de mão de obra qualificada é apontada como uma das maiores dificuldades enfrentadas pelas empresas alemãs que atuam no Brasil. O problema foi citado por 26,5% das companhias entrevistadas. O sistema tributário e a infraestrutura também estão entre as preocupações do empresariado alemão.De acordo com os executivos da Câmara, o novo governo terá muitos desafios pela frente, entre eles, reduzir juros, combater a valorização do câmbio, promover competitividade e inovação, conduzir as reformas tributária, previdenciária e trabalhista e melhorar ambiente regulatório e de legislação ambiental.
Fonte: Câmara de comércio Brasil - Alemanhã
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