sábado, 1 de outubro de 2011

Evento em Vitória explica projeto de lajes planas tensionadas

Luciana Tamaki

   Nos dias 27 e 28 de setembro, um grupo de cerca de 25 pessoas de construtoras de diversos Estados do País se reuniram em um ciclo de palestras e visitas técnicas em Vitória (ES) para trocar conhecimentos sobre o sistema construtivo de lajes planas tensionadas, que dispensa o uso de vigas, permite executar estruturas com menos pilares por área e reduz o ciclo de laje para cinco dias.   O evento foi organizado pela SH Fôrmas, Andaimes e Escoramentos.

Luciana Tamaki
67% de todas as obras em andamento em Vitória foram projetadas com laje plana tensionada

   O projetista estrutural Carlos Augusto Gama, sócio gerente da MCA, que trabalha com este sistema há 13 anos, explicou que, como as cordoalhas engraxadas fazem o papel de vigas embutidas na laje, pode-se eliminar as vigas de borda, porém com cuidado especial nas paredes de contraventamento.  O core (núcleo de rigidez) também pode ser concretado junto com a laje.

   Em relação à concretagem, em empreendimento da Paulo Octávio em Brasília, o gerente de empreendimento Daniel de Almeida Pirajá conta que a protensão é feita em 100% no 3º dia, quando o concreto atinge o mínimo de 20 MPa, retirando-se 100% do escoramento logo em seguida.

   Segundo Fabrício Fiorini, diretor comercial regional da SH, na grande Vitória, hoje, 67% de todas as obras em andamento foram projetadas com laje plana tensionada.   O representante da ArcelorMittal, Vitor César Noronha, completa dizendo que, lá, o consumo per capita de cordoalhas é o maior do Brasil.

   Nas palestras, o diretor da PTE (Pós Tensão Engenharia), Otamar Rogério Filho, apontou diversas vantagens, como: leveza da estrutura, redução da área de fôrmas e da quantidade de aço, redução do tempo de concretagem, menor problema de prumo, maior flexibilidade de projeto, menores custos de mão de obra e de material.
Obras com laje plana tensionada

   Em Vitória, é padrão 18 cm de altura de laje, seja edifício ou mesmo shopping center.   As seguintes obras fizeram parte da visita técnica feita em 28 de setembro.

Edifício Jade
Luciana Tamaki

    Edifício residencial de 14 andares, da construtora Mazzini.   Laje de 305 m² com ciclo de concretagem de cinco dias.   Somando a área de fôrma dos pilares e da escada, que fazem parte do pacote da estrutura, são 496 m².   A equipe é formada por 4 carpinteiros, 2 pedreiros, 2 armadores 2 ajudantes e 4 "oficiais polivalentes.   Blocos de concreto nas fachadas e entre apartamentos, e drywall nas divisórias internas.

Residencial Jardins
Luciana Tamaki

   Condomínio fechado da Galwan de cinco torres de 18 andares, num terreno de 15.408 m².   As lajes de 660 m² têm ciclo de cinco dias, protendidas no 4º dia.   São concretados laje e pilar.   A empresa não trabalha com mestre de obras, por isso a equipe é composta por 14 carpinteiros, 10 ajudantes e 10 armadores.

Shopping Mestre Álvaro
Luciana Tamaki

   O shopping será inaugurado em fases, num total de 100 mil m².   São três pisos de loja para baixo do nível da terra, devido à proximidade ao aeroporto de Vitória.   Foram executadas estacas-raiz com intervalos de 2 m.   Na área dos cinemas foi feita uma viga de 60 cm, devido às dimensões da sala: 12 m de altura e 18 m de vão.   Com a laje de 18 cm, ficam 42 cm de viga aparente.

Fonte: téchne

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