Para todos os Yehudim Shabat Shalom e Chag Chanukah Sameach
Para os todos os cristãos feliz natal
Para todos nós que Elohim esteja conosco e traga paz e justiça para o mundo
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
ONU denuncia mais de 5 mil mortes em revolta na Síria
A Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Navy Pillay, disse nesta segunda-feira que o número de mortes na repressão aos protestos na Síria já passou de cinco mil desde o início da revolta, em março. Dentre as vítimas, pelo menos 300 são crianças.
Pillay voltou a chamar a atenção para a violência no país no dia em que a Síria promove eleições municipais. A oposição, que pede a renúncia do presidente Bashar al Assad, convocou um boicote ao pleito.
A comissária da ONU disse ainda que cerca de 14 mil opositores se encontram presos e mais de 12 mil pessoas já fugiram para nações vizinhas.
Pillay também fez um alerta para o alto número de vítimas infantis. Pelo menos 300 crianças morreram nos protestos, segundo a comissária, que qualificou a situação como "intolerável".
Pillay afirmou que a falta de ação da comunidade internacional só irá piorar o quadro. Os cinco mil mortos não incluem baixas do Exército sírio. O regime disse que pelo menos mil militares perderam a vida nos confrontos.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU chegou a formar uma comissão observadora, chefiada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, para verificar a situação no país. O grupo, no entanto, não recebeu autorização do regime sírio. A imprensa estrangeira não tem autorização para cobrir a revolta.
Conselho de Segurança
Pillay relatou os novos números da violência aos membros do Conselho de Segurança da ONU. Ela ressaltou que no último encontro que manteve com o conselho, em agosto, eram dois mil os mortos no conflito.
O representante da França na ONU, embaixador Gerard Aurad, disse que o Conselho de Segurança é “moralmente responsável” pelas mortes, por não tomar medidas mais duras.
A França e outras nações ocidentais como o Reino Unido e os Estados Unidos defendem a imposição de sanções rígidas ao regime de Damasco.
A medida, no entanto, não tem apoio de Rússia e China, outros dois membros permanentes do conselho, que já vetaram uma moção condenatória ao regime sírio no último mês.
No último dia 22 de novembro, uma comissão da Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução crítica, sem efeito vinculante, contra a repressão síria. O Brasil votou a favor.
Eleições
A segunda-feira foi dia de eleições na Síria, apesar da violência que toma conta de partes do país.
Pelo menos 20 pessoas morreram em confronto com forças do regime nas cidades de Homs, Hama e Idlib, segundo ativistas de direitos humanos. Entre as vítimas estariam quatro mulheres e duas crianças. No domingo foram 18 mortos.
Segundo o governo sírio, as eleições municipais são livres. A oposição, no entanto, convocou um boicote.
Muitos sírios deixaram de votar, não necessariamente atendendo a convocação de boicote, mas por medo de violência nas sessões eleitorais.
Fonte: BBC
Acho muito interessante e oportuna a denúncia da ONU, mas a mesma já deveria ter feito uma intervenção militar para assegurar a paz.
Alberto Cohen Filho
domingo, 11 de dezembro de 2011
Titã - A maior lua de Saturno
Titã, a maior lua de Saturno, é a segunda maior lua do Sistema Solar.
Titã é a única lua do Sistema Solar a possuir uma espessa atmosfera de nitrogênio (dinitrogênio) e nuvens de metano, no qual pode-se observar um clima muito ativo (evaporação, a formação de nuvens, precipitação de metano).
O estudo de Titã durante os próximos anos, pode revelar surpresas sobre formas inimagináveis que a vida pode tomar.
Como lagos, mares de Titan, com margens íngremes, são provavelmente compostas de metano e etano líquidos.
Em 14 de janeiro de 2005, após uma viagem de sete anos através do Sistema Solar, a sonda Cassini, descendente através da atmosfera de Titã, com sucesso de pouso em sua superfície.
Fonte: Cassini Imagens
Nasa/ESA
Não há limites para a Engenharia. Parabéns para todos os colegas pelo nosso dia.
11/12/2011 - dia do engenheiro civil
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
ATO DE REPÚDIO À EXPULSÃO DO DEPUTADO PAULO RAMOS DO PDT
Convidamos todos os militantes do PDT, eleitores, amigos e simpatizantes do Deputado Paulo Ramos para um grande ato cívico a ser realizado dia 8 de dezembro a partir das 16 horas na frente da sede do PDT/RJ – Rua Sete de Setembro 141 contra a medida tomada pelos dirigentes do PDT de submeter o Deputado Paulo Ramos ao Conselho de Ética do Partido pelos motivos de ter o Deputado Paulo Ramos se pronunciado em diversas oportunidades, Congresso do PDT em Porto Alegre, em vários pronunciamentos na ALERJ, em declarações publicadas na imprensa e outras mídias a respeito da desestruturação atual do PDT a nível Nacional, Estadual e Municipal. Poucos Diretórios eleitos e muitas Comissões Provisórias que apenas servem para atender aos objetivos de LUPI de se perpetuar no poder.
Paulo Ramos quer um PDT democrático com participação dos militantes que devem votar e serem votados para os diretórios e que esses diretórios sigam a linha filosófica e programática do PDT idealizada por Brizola, Saúde e Educação de qualidade. Apoio ao trabalhador.
Paulo Ramos nunca se envolveu com corrupção. Nunca fez acordos escusos. Nunca teve interesses escusos. O seu mandato sempre foi voltado para as causas partidárias. Sempre foi fiel ao Partido, a seus amigos e companheiros.
Quem deve ser submetido a Conselho de Ética e serem expulsos do Partido são aqueles que denigrem a imagem do Partido e desrespeitam o Estatuto, esses vendilhões da Nação Pedetista.
Fonte: email recebido do gabinete do Dr. Paulo Ramos.
Voltamos ao colonialismo e ao clientelismo, onde para permanecer no poder basta ter bons amigos e trocar favores. Acabou a ideologia, o nacionalismo, a ética e por fim a bandeira partidária. Faço votos que brotem em todo país parlamentares como o Dr. Paulo Ramos.
Alberto Cohen Filho
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
domingo, 4 de dezembro de 2011
Adventista consegue na Justiça direito de faltar às aulas no sábado
Religião da estudante prega o descanso no sábado.
Quielze Apolinário Miranda, de 19 anos, aluna de Relações Internacionais, no período noturno, da Universidade Sagrado Coração, em Bauru/SP entrou na Justiça pelo direito de poder seguir uma das doutrinas de sua religião, que prega o descanso das 18h de sexta-feira às 18h do sábado. Como sua religião prega o repouso absoluto neste período, a estudante entregou um requerimento no início do semestre pedindo que suas faltas na matéria de História das Relações Internacionais, realizadas às sextas-feiras, fossem abonadas e que trabalhos lhe fossem dados no lugar das aulas perdidas. Mas, de acordo com Quielze, em todas as tentativas de contornar o problema, a resposta da universidade sempre foi que ela não tinha amparo legal para este pedido. “Conversei com a pró-reitora e a coordenação acadêmica, mas não entenderam meu caso. Então usei o último recurso que eu dispunha e entrei com uma ação na Justiça”.
Uma decisão da 3ª Vara Federal em Bauru garantiu à aluna o direito que solicitava. A decisão do juiz federal Marcelo Freiberger Zandavali foi fundamentada em dois tratados internacionais dos quais o Brasil participa, além de artigos da Constituição Federal. O advogado dela, Alex Ramos Fernandez, explicou que a intenção deles é a liberdade de crença seja respeitada. “Nós propomos que seja feita a prestação alternativa, que ela possa fazer trabalhos ou outras atividades que funcionem como reposição dessas aulas, não queremos nenhum tratamento diferenciado que a beneficie em detrimento dos outros alunos”, ressaltou, citando o Serviço Militar, onde já é previsto, por lei, a prestação alternativa das atividades. “Se no Serviço Militar, que é bem mais rígido, já existe essa possibilidade, por que não podemos chegar ao um acordo na esfera civil, onde as liberdades são maiores?”, questiona. Na próxima semana Quielze vai fazer as provas que perdeu e suas faltas serão retiradas.
Fonte: Jornal Alef
Este exemplo deve ser seguido por todos os israelitas!
Alberto Cohen Filho
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Toyo Ito lidera projeto para reconstrução de casas em áreas devastadas por tsunami no Japão
Protótipo de habitação será apresentado no pavilhão japonês da Bienal de Arquitetura de Veneza em 2012Mauricio Lima | ||||
O papel da arquitetura após um desastre é o tema do pavilhão japonês na Bienal de Arquitetura de Veneza 2012, que deve retratar habitações para a reconstrução de Kamaishi, no Japão, após o terremoto e o tsunami que devastaram a cidade oito meses atrás.
O projeto de reconstrução, denominado "Home For All", é liderado pelo arquiteto Toyo Ito, comissário da Fundação Japonesa. "Depois de tudo que aconteceu, as atividades cotidianas tiveram que ser retomadas nesses locais. E os habitantes estão reconstruindo tudo, com a determinação e com a força baseada no instinto animal primário de sobreviver e continuar a vida. Como arquiteto, tive que me perguntar: eu realmente consigo criar uma arquitetura que alcance as expectativas de pessoas com essa vontade vibrante de viver?", declarou. Além de Ito, Kumiko Inui, Sou Fujimoto e Akihisa Hirata ficaram responsáveis pelo programa, que é colaborativo e recebeu mais de 900 propostas. As casas criadas pelo projeto deviam ter estruturas pequenas, mas oferecer um local confortável para o habitante. Todos os projetos tinham de levar em conta as dificuldades para a evacuação de uma casa durante um desastre. O primeiro protótipo foi finalizado no mês de outubro, em Sendai. "A ideia é que essas casas tragam conforto para quem teve que passar por um processo tão difícil e que moraram por muito tempo em abrigos temporários. Podem ser utilizadas estruturas que ainda conseguiram ficar de pé ou serem construídas casas totalmente novas", disse Ito. Quando o visitante entrar no pavilhão japonês da Bienal, verá a exposição de projetos dos quatro arquitetos e das muitas propostas colaborativas recebidas de arquitetos e crianças. Fora do pavilhão, como elemento final da exibição, haverá uma casa projetada pelo quarteto, que após o evento, será transportada para uma área afetada pelos terremotos no Japão. Fotografias de Naoya Hatakeyama que mostram como Kamaishi ficou após o desastre também serão exibidas na mostra, assim como o processo de reconstrução que foi iniciado pelos próprios moradores locais.
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quarta-feira, 9 de novembro de 2011
A cortina de fumaça da segurança na USP
A atuação da polícia no campus da USP não é um problema sobre como adequadamente combater crimes comuns – é um problema sobre liberdades individuais e sobre a organização política da instituição
Por Pablo Ortellado [02.11.2011 16h28] A detenção de três estudantes da Faculdade de Filosofia da USP que fumavam maconha gerou protestos que terminaram num conflito com a polícia militar e a subsequente ocupação da administração da faculdade e do prédio da reitoria. Esse episódio soma-se a outros ocorridos nos últimos anos que envolveram piquetes, a ocupação de prédios administrativos e a atuação repressiva da polícia militar. Em todos os casos, um acalorado debate opôs defensores da atuação (mais ou menos rigorosa) da polícia e defensores da autonomia universitária (que limitaria ou impediria a atuação policial no campus). Acredito, no entanto, que os termos do debate estão mal-colocados e a questão de fundo relevante, completamente ausente.
liberdades individuais
O primeiro mal-entendido a se desfazer é que não há objeção, que eu conheça, à atuação limitada e específica da polícia para reprimir crimes comuns, como assaltos a banco. Tanto não há objeção que antes do recente convênio firmado entre a reitoria e a polícia militar, ela já atuava nesses casos, sem que tivesse surgido qualquer tipo de protesto.
Todo problema começa quando ela começa a atuar de maneira abusiva no cotidiano deste espaço que é o lugar por excelência da liberdade de expressão e discussão. Para que essa alegação não pareça abstrata, gostaria de dar dois depoimentos e fazer referência a um terceiro. Os meus dois depoimentos são do ano 2006, quando a administração da minha unidade (a Escola de Artes, Ciências e Humanidades) decidiu instalar um posto da PM dentro do campus. Naqueles meses que se seguiram à decisão, testemunhei dois episódios que ilustram o despreparo da força policial para atuar no ambiente universitário (na verdade, esses dois episódios demonstram seu despreparo para atuar numa sociedade democrática).
O primeiro, aconteceu com um estudante do meu curso, negro. No final da aula, ele saiu para o estacionamento e notou que tinha esquecido o celular. Quando voltava para a sala para buscá-lo foi abordado por um policial. Ele se identificou, apresentando a carteira de estudante e explicou que voltava para buscar o celular. O policial considerou-o suspeito porque ele caminhava no sentido contrário dos outros estudantes (e talvez também porque era negro e estava na USP) e ele foi submetido a uma vexatória revista na frente dos seus colegas. O segundo fato, foi a ação de uma policial feminina que deteve duas estudantes homossexuais que se beijavam na hora do intervalo por “atentado ao pudor”. Note que esses são episódios testemunhados por um só professor, num período de poucos meses, pois, com a repercussão destes e outros casos, o posto da PM foi transferido para fora do campus. O que acontecerá com a presença massiva de policiais com esse tipo formação atuando de maneira permanente? Uma amostra do que está por vir aparece nos relatos de estudantes da Faculdade de Filosofia que reclamam de operações nas quais se abordam e revistam dezenas de estudantes que entram ou saem do prédio para ir às aulas.
É esse tipo de atuação da polícia, abusiva e lesiva de direitos que gera protestos. Não faz qualquer sentido discutir a atuação da PM no campus universitário fora deste tipo de caso. A polícia nunca foi impedida de agir no campus para coibir crimes comuns. O que havia, era um acordo para que a proteção do patrimônio fosse feita predominantemente pela guarda universitária e que a polícia não atuasse ostensivamente, por exemplo, fazendo abordagens individuais não motivadas por fatos concretos. Foi essa acordada limitação da atuação policial que se reviu, a pedido do reitor, após a comoção gerada pelo morte de um estudante durante um roubo de veículo.
liberdades políticas
Mas o elemento importante, ausente no debate, é a ameaça de uso da força policial para reprimir o movimento estudantil e o movimento sindical. Permitam-me uma breve digressão para argumentar como as duas coisas se juntam.
Maquiavel, teórico da política, defendia numa obra famosa (Os discursos sobre a primeira década de Tito Lívio) que a causa da intensa e fratricida violência política da cidade de Florença era a não institucionalização dos seus conflitos. Em Florença, dizia Maquiavel, cada partido (os guelfos e os gibelinos, os negros e os brancos, os nobres e o povo) consolidavam a vitória com a expulsão do partido adversário da vida política da cidade – de maneira que só restava ao grupo derrotado atuar de fora do jogo político estabelecido, preparando um golpe de estado. O resultado era uma vida política violenta e sanguinária, sem estabilidade política e sem paz interna.
Guardadas as grandes diferenças de contexto histórico, essa é uma excelente explicação para a conturbada vida política da Universidade de São Paulo. Ao contrário das outras grandes universidades públicas, como a Unicamp ou as federais do Rio, Minas e Rio Grande do Sul, a gestão da USP é incrivelmente não democrática, o que, com os anos, empurrou todos os setores não alinhados com o grupo no poder para ação extra-institucional – simplesmente por falta de opção. As eleições para reitor na USP são definidas por um colegiado de apenas 100 pessoas – dessas, há 1 representante dos professores doutores (que compõem a maioria dos docentes), 14 representantes dos estudantes e apenas 3 dos funcionários. Os demais são representantes dos órgãos de direção que, com poucas exceções, se autoperpetuam no poder. Todas as comissões estatutárias são compostas pelas mesmas pessoas que se alternam nas diferentes funções há décadas. É um jogo marcado, viciado e sem qualquer espaço para que a comunidade de 80 mil alunos, 15 mil funcionários e 5 mil professores consiga se manifestar ou influir efetivamente nas decisões. Essa forma institucional excludente e arcaica empurrou as forças políticas para atuar por meio de greves, piquetes e ocupações de prédios, já que simplesmente não têm outra maneira efetiva de atuar.
Para complicar ainda mais a situação, nem mesmo esses injustos procedimentos de eleição de reitor foram honrados, já que na última eleição o governador escolheu o segundo colocado na lista tríplice. E esse segundo colocado, o reitor João Grandino Rodas, tem tido uma gestão fortemente confrontativa, impondo decisões injustas e ameaçando a dissidência com o uso de força policial. Quando ainda era apenas diretor da Faculdade de Direito, o atual reitor usou a força policial para expulsar o MST do prédio da faculdade e, noutra ocasião, fechou o prédio e suspendeu as aulas para impedir que uma passeata de estudantes entrasse no edifício. Ele também foi o principal articulador da entrada da polícia no campus para desocupar a reitoria, o que resultou numa abusiva ação policial que feriu professores e estudantes. Pois é exatamente este reitor que está agora autorizando a atuação ilimitada da polícia no campus o que, dado o seu histórico, não pode deixar de ser visto como uma ameaça do uso deste contingente para reprimir as únicas formas efetivas de atuação política do movimento estudantil e dos sindicatos.
A atuação da polícia no campus da USP não é um problema sobre como adequadamente combater crimes comuns – é um problema sobre liberdades individuais e sobre a organização política da instituição. A única solução para a conturbada vida política da universidade é a democracia. O resto é apenas cortina de fumaça.
Fonte: Revista Forum
Achei o texto bastante elucidativo para compreendermos as manifestações que estão ocorrendo na USP.
Alberto Cohen Filho
Achei o texto bastante elucidativo para compreendermos as manifestações que estão ocorrendo na USP.
Alberto Cohen Filho
Engenharia supera Medicina como curso mais concorrido da Fuvest
O curso de Engenharia Civil de São Carlos superou o de Medicina e é o mais concorrido do vestibular de 2012 da Fuvest. A lista com a relação entre o número de candidatos e de vagas foi divulgada nesta terça-feira.
Em 2011, a concorrência para Engenharia Civil era de 36 alunos por vaga. Neste ano, a taxa é de 52. Em Medicina, o crescimento na disputa foi pouco significativo: a média subiu de 49, em 2011, para 51, em 2012. Publicidade e Propaganda, Relações Internacionais, Jornalismo, Artes Cênicas e Psicologia completam a relação dos mais concorridos.
Vale ressaltar ainda que a demanda de candidatos aumentou para ambos os cursos. Em 2011, 13.545 alunos se inscreveram para concorrer a uma vaga em Medicina, enquanto a procura para o vestibular 2012 foi de 14.074. Já o curso de Engenharia Civil de São Carlos passou de 2.191 inscritos, em 2011, para 3.136, em 2012.
O processo seletivo 2012 da Fuvest, responsável pelo preenchimento de vagas na Universidade de São Paulo e na Santa Casa, recebeu 146.885 inscrições – 10,47% a mais do que o registrado no ano passado.
As provas da primeira fase da Fuvest acontecem em 27 de novembro. Serão aplicadas 90 questões de múltipla escolha. As provas da segunda fase estão marcadas para ocorrer entre 8 e 10 de janeiro de 2012. A lista de aprovados será conhecida em 4 de fevereiro. Os convocados têm entre 8 e 9 de fevereiro para realizar a matrícula.
Fonte: Instituto de Engenharia
Nos anos 70 éramos a profissão mais valorizada, mais concorrida e mais prestigiada. Que esta notícia seja o reflexo do nosso retorno como prioridade nacional.
Engº. Alberto Cohen Filho
Em 2011, a concorrência para Engenharia Civil era de 36 alunos por vaga. Neste ano, a taxa é de 52. Em Medicina, o crescimento na disputa foi pouco significativo: a média subiu de 49, em 2011, para 51, em 2012. Publicidade e Propaganda, Relações Internacionais, Jornalismo, Artes Cênicas e Psicologia completam a relação dos mais concorridos.
Vale ressaltar ainda que a demanda de candidatos aumentou para ambos os cursos. Em 2011, 13.545 alunos se inscreveram para concorrer a uma vaga em Medicina, enquanto a procura para o vestibular 2012 foi de 14.074. Já o curso de Engenharia Civil de São Carlos passou de 2.191 inscritos, em 2011, para 3.136, em 2012.
O processo seletivo 2012 da Fuvest, responsável pelo preenchimento de vagas na Universidade de São Paulo e na Santa Casa, recebeu 146.885 inscrições – 10,47% a mais do que o registrado no ano passado.
As provas da primeira fase da Fuvest acontecem em 27 de novembro. Serão aplicadas 90 questões de múltipla escolha. As provas da segunda fase estão marcadas para ocorrer entre 8 e 10 de janeiro de 2012. A lista de aprovados será conhecida em 4 de fevereiro. Os convocados têm entre 8 e 9 de fevereiro para realizar a matrícula.
Fonte: Instituto de Engenharia
Nos anos 70 éramos a profissão mais valorizada, mais concorrida e mais prestigiada. Que esta notícia seja o reflexo do nosso retorno como prioridade nacional.
Engº. Alberto Cohen Filho
terça-feira, 1 de novembro de 2011
A esquerda que a direita gosta
(22.01.2004) Ao ler, nos jornais, a declaração do Subsecretário do Tesouro dos EUA, de que a Casa Branca "aprova, com louvor, o Governo Lula", deixei de achar estranha a informação que recebi de que o George Bush, numa roda de governantes e diplomatas estrangeiros, ter comentado que gosta muito de Lula, apesar de ele ser de esquerda, condição que o próprio Lula faz hoje questão de negar.
Recordo-me do que, já há vários anos atrás, dizia o saudoso Darcy Ribeiro: "o PT é a esquerda que a direita gosta". Ele se referia, claro, às práticas de fazer muito barulho, ao radicalismo verbal, às aparência revolucionárias, encobrindo, afinal, práticas conservadoras, que mantêm, sob um aspecto "politicamente correto", as velhas estruturas de dominação que cativam o Brasil e seu povo.
Não é, de fato, o que vem acontecendo? Nosso país não vem cumprindo, e até além do que lhe exigem, as regras do capital financeiro internacional, do FMI e das multinacionais? Não aumentamos o superávit, não pagamos todos os juros extorsivos, não continuamos a submeter nosso povo sacrifícios, em matéria de educação, saúde, serviços públicos e renda, tudo para honrar tais compromissos? As empresas americanas, como recentemente recebeu a AES do BNDES, não continuam tendo condições favorecidas, mesmo quando não pagaram o que tomaram emprestado?
Ou será que afirmar nossa soberania, nossa dignidade se faz com pequenos incidentes, com situações espalhafatosas como as que vem sendo criadas com os turistas norteamericanos? Não é de hoje que eles tratam, não apenas aos brasileiros, mas a muitos povos, com arrogância e excessos de exigências descabidas nos aeroportos, mas é uma puerilidade achar que a forma de reagirmos a isso é, simplesmente, fazermos o mesmo. Puerilidade ou, pior ainda, uma cortina de fumaça para que, naquilo que é essencial, as relações econômico-financeiras, continuemos a ser dóceis como cordeiros, deixando que os frutos do trabalho de nosso povo e as riquezas do país se esvaiam pelos ralos de um sistema que nos condena à perda, onde ficamos mais pobres e dependentes em relação a eles.
O Presidente Lula, agora em seu novo avião de US$ 70 milhões, vai continuar a correr mundo e colher aplausos nos salões do capitalismo internacional. Um ex-operário, que nega agora ser de esquerda, é, sem dúvida uma atração que nada fica a dever ao antigo sociólogo esquerdista que tornou-se o príncipe do neoliberalismo.
Leonel Brizola
Presidente Nacional do PDT
Fonte: Portal PDT
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Taj Mahal pode ruir em até cinco anos
Se você sempre quis conhecer o famoso Taj Mahal, na Índia, não perca tempo. Segundo especialistas, o monumento pode ruir nos próximos cinco anos se nada for feito para proteger a fundação de mogno do monumento. De acordo com um grupo de historiadores, ambientalistas e políticos com sede em Agra, onde fica o Taj Mahal, as bases de madeira estão apodrecendo por falta de água. O rio que circunda o monumento secou e por isso, a fundação está apodrecendo.
Uma das soluções apontadas por especialistas é construir uma barragem no rio para ajudar a regular os níveis de água, plantar árvores e instalar uma tubulação para melhorar a situação.
O Taj Mahal foi construído há 358 anos, na beira do rio Yamunda, que agora está secando. Rachaduras começaram a aparecer nas paredes da tumba de mármore no ano passado. Ele foi construído pelo imperador Mughal Shah Jahan como mausoléu para sua esposa Mumtaz Mahal.
O local atrai 4 milhões de turistas por ano.
Uma das soluções apontadas por especialistas é construir uma barragem no rio para ajudar a regular os níveis de água, plantar árvores e instalar uma tubulação para melhorar a situação.
O Taj Mahal foi construído há 358 anos, na beira do rio Yamunda, que agora está secando. Rachaduras começaram a aparecer nas paredes da tumba de mármore no ano passado. Ele foi construído pelo imperador Mughal Shah Jahan como mausoléu para sua esposa Mumtaz Mahal.
O local atrai 4 milhões de turistas por ano.
Fonte: IE
Renovação de galpão industrial na Suíça
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Instituto da Paz é inaugurado nos Estados Unidos
O arquiteto Moshe Safdie acaba de inaugurar o seu projeto mais recente, o Instituto da Paz dos Estados Unidos (USIP, na sigla em inglês). O edifício é um volume que alterna vidro e concreto em sua composição, coberto por uma estrutura curva com várias pontas que se estende por parte do edifício. Esse telhado cobre principalmente os átrios do prédio, que cortam o edifício em duas direções. O edifício de US$ 186 milhões tem o formato de um bloco, praticamente quadrado, mas se diferencia pela forma da estrutura da cobertura, com vazios internos formados por dois átrios, que quebram a ideia de um cubo com várias salas. Em todos os lados, o edifício tem uma parte da fachada completamente envidraçada, que mostra um espaço aberto do lado interno e todos os corredores. O prédio também fica muito iluminado por causa da cobertura, que é formada por 1.482 pedaços de vidro. O prédio de quase 14 mil m² de área construída se divide em cinco pavimentos, que são ligados por passarelas e escadas. Por ter muito espaço aberto do lado de dentro, as salas ficam praticamente separadas em três edifícios diferentes, mas que se conectam através de escadas e passarelas que cruzam os átrios. |
Fonte: aU
Que o aço e o vidro deste magnífico prédio projete sobre a política e a justiça seu ideal construtivo.
Alberto C. Filho
sábado, 22 de outubro de 2011
STF define anti-semitismo como crime racial
O Supremo Tribunal Federal decidiu hoje por oito votos a três que propagar ofensa a judeus é crime racial. A decisão foi tomada no julgamento do pedido de habeas-corpus do editor Siegfried Elwanger, que responde a processo por publicar livros com ataques aos judeus.
Elwanger foi condenado por racismo e recorreu ao supremo alegando que os judeus não constituem uma raça e sim um povo, ou grupo religioso. O julgamento começou em dezembro do ano passado e foi concluído hoje.
De acordo com o Jornal Nacional, o presidente do rabinato da Congregação Paulista, Henry Sobel, disse que a justiça brasileira puniu exemplarmente alguém que "fomentou o ódio e o preconceito".
Ainda segundo o JN, o presidente do Supremo, ministro Maurício Corrêa, explicou que a decisão de hoje foi o fato mais emblemático ocorrido no país desde a promulgação da Constituição em 1988. E o ministro Marco Aurélio Melo, que votou a favor do editor, comentou que este foi o julgamento mais importante do Supremo nestes últimos 13 anos.
Fonte: Terra
Gostaria de poder voltar no tempo e fazer vários registros em delegacia de fatos ocorridos em universidades, empresas, festas, etc...
Alberto Cohen Filho
Gostaria de poder voltar no tempo e fazer vários registros em delegacia de fatos ocorridos em universidades, empresas, festas, etc...
Alberto Cohen Filho
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
STF atende ação do DEM e suspende aumento de IPI de carros importados
Vitória do consumidor.
Atendendo a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade impetrada pelo Democratas, o Supremo Tribunal Federal suspendeu o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros importados decretado em setembro pelo governo federal. A corte entendeu que o governo não concedeu o prazo de 90 dias entre o anúncio e o aumento das alíquotas, conforme determina a lei.
A decisão foi por unanimidade. O relator da ação, ministro Marco Aurélio Mello, considerou procedente a iniciativa do Democratas. Segundo a Adin, "o contribuinte não deve ser surpreendido com a majoração de tributos. Essa é a regra geral que consta da Constituição. Ao cidadão, antes da prática de qualquer ato revelador de capacidade contributiva, deve ser conferida a oportunidade de, com razoável antecedência, conhecer os contornos da tributação que sobre si recairá".
Ao determinar o aumento de até 30 pontos na alíquota do IPI dos automóveis com menos de 65% de componentes nacionais na verdade o governo fez uma agressão à economia e ao consumidor. Ao invés de proteger a indústria, a medida teve como única consequência palpável o aumento do preço dos carros nacionais, que chegaram a subir até 20%.
A decisão do governo também contrariou as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Países exportadores de veículos já pediram providências de organismos internacionais. O principal prejudicado com o aparente protecionismo do governo costuma ser o próprio consumidor. Sem competição, empresas correm o risco de aumentar os preços e deixar de investir em inovação.
Fonte: Email recebido do partido Democratas.
Atendendo a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade impetrada pelo Democratas, o Supremo Tribunal Federal suspendeu o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros importados decretado em setembro pelo governo federal. A corte entendeu que o governo não concedeu o prazo de 90 dias entre o anúncio e o aumento das alíquotas, conforme determina a lei.
A decisão foi por unanimidade. O relator da ação, ministro Marco Aurélio Mello, considerou procedente a iniciativa do Democratas. Segundo a Adin, "o contribuinte não deve ser surpreendido com a majoração de tributos. Essa é a regra geral que consta da Constituição. Ao cidadão, antes da prática de qualquer ato revelador de capacidade contributiva, deve ser conferida a oportunidade de, com razoável antecedência, conhecer os contornos da tributação que sobre si recairá".
Ao determinar o aumento de até 30 pontos na alíquota do IPI dos automóveis com menos de 65% de componentes nacionais na verdade o governo fez uma agressão à economia e ao consumidor. Ao invés de proteger a indústria, a medida teve como única consequência palpável o aumento do preço dos carros nacionais, que chegaram a subir até 20%.
A decisão do governo também contrariou as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Países exportadores de veículos já pediram providências de organismos internacionais. O principal prejudicado com o aparente protecionismo do governo costuma ser o próprio consumidor. Sem competição, empresas correm o risco de aumentar os preços e deixar de investir em inovação.
Fonte: Email recebido do partido Democratas.
sábado, 1 de outubro de 2011
Engenharia e Direito tornam-se áreas irmãs
Cada vez mais expostos a leis, normas e códigos, engenheiros mergulham no mundo jurídico para se adequar à nova realidade da profissão
Na Escola Politécnica (Poli) da USP (Universidade de São Paulo), um grupo de pesquisadores liderado pelo professor Pedro Luís Próspero Sanchez desenvolveu estudos para aproximar duas áreas aparentemente distantes entre si, mas que, nos dias atuais, se influenciam reciprocamente: Engenharia e Direito. De acordo com o professor, a ideia surgiu a partir da constatação de que, no Brasil, a atividade pericial – que é frequentemente realizada por engenheiros civis -, apresenta uma formação deficiente.
Em 2003, a linha de estudos foi aprovada pela Comissão de Pesquisa da Poli. Em 2004, começaram a ser oferecidas as disciplinas de pós-graduação: Tópicos de Direito Tecnológico, Ciência Forense aplicada a Sistemas de Informação, Fundamentos da Ciência Forense e Metodologia da Prova Pericial.
Atualmente, a equipe é composta por cerca de 20 pesquisadores, mestrandos e doutorandos e atrai profissionais como engenheiros, advogados, auditores, contadores, peritos criminais, policiais federais e professores. Em 2007, o conhecimento da área passou a estar disponível não apenas aos alunos da pós, mas para a estrutura curricular da graduação, com a criação da disciplina Engenharia Legal.
Doutor na área, o professor Pedro Luís Próspero Sanchez concedeu a seguinte entrevista sobre a aproximação entre Engenharia e Direito:
Apesar de os cursos de Engenharia terem disciplinas sobre legislação, jamais se imaginou que o Direito passasse a ser tão requisitado pelos engenheiros, como atualmente, a que se deve isso?
Eu acho que é uma percepção pelo profissional da área tecnológica de que o Direito é que regula a sociedade e é, de certa forma, uma consequência dos valores e dos parâmetros que a sociedade entende como adequados. Então, a percepção do Direito é um elemento importante na profissão do engenheiro. A atividade de Engenharia não acontece assim isolada no vazio, ela depende das relações humanas, ela atende necessidades humanas e, sob este ponto de vista, entender do Direito é essencial.
Eu acho que é uma percepção pelo profissional da área tecnológica de que o Direito é que regula a sociedade e é, de certa forma, uma consequência dos valores e dos parâmetros que a sociedade entende como adequados. Então, a percepção do Direito é um elemento importante na profissão do engenheiro. A atividade de Engenharia não acontece assim isolada no vazio, ela depende das relações humanas, ela atende necessidades humanas e, sob este ponto de vista, entender do Direito é essencial.
No caso da construção civil, hoje temos o código do consumidor, que torna o comprador de um imóvel mais protegido de obras defeituosas. Isso também influenciou na aproximação da Engenharia e do Direito?
O código do consumidor na verdade tem a sua influência, porque a Engenharia, de modo geral, e a Engenharia Civil, especificamente, acaba significando uma prestação de serviço, seja para o consumidor diretamente ou para o fornecedor de um produto. Direta ou indiretamente, ela atende ao consumidor. Agora, eu diria o seguinte: o código do consumidor conscientizou a população de que o serviço, o trabalho, o produto têm uma garantia de qualidade, de segurança. Isso levou o engenheiro a ser mais preventivo, até naquilo que concerne às leis que envolvem a construção de um imóvel.
O código do consumidor na verdade tem a sua influência, porque a Engenharia, de modo geral, e a Engenharia Civil, especificamente, acaba significando uma prestação de serviço, seja para o consumidor diretamente ou para o fornecedor de um produto. Direta ou indiretamente, ela atende ao consumidor. Agora, eu diria o seguinte: o código do consumidor conscientizou a população de que o serviço, o trabalho, o produto têm uma garantia de qualidade, de segurança. Isso levou o engenheiro a ser mais preventivo, até naquilo que concerne às leis que envolvem a construção de um imóvel.
Qual área da Engenharia que mais busca a especialização jurídica? Na engenharia civil existe um número expressivo de engenheiros em busca dessa formação. Por quê? Existem muitos engenheiros que trabalham como peritos judiciais em avaliação de imóveis. É comum uma construtora erguer um edifício ao lado de casas e isso requer uma perícia preventiva nas residências vizinhas para evitar que se atribuam danos futuros àquela obra. Então, os engenheiros-peritos precisam de uma boa base jurídica para poderem se comunicar melhor com o juiz e com os advogados, para que haja um entendimento melhor sobre o objetivo daquela perícia e qual é a implicação jurídica daquele resultado.
O senhor citou a comunicação entre as áreas técnicas e jurídicas. Hoje há muitos ruídos nesta relação?
Na essência a comunicação é inadequada entre o profissional de engenharia e o profissional jurídico. Às vezes, o profissional é extremamente competente, faz um trabalho tecnicamente impecável, mas não consegue passar o significado técnico para uma pessoa que, por definição, é leiga em engenharia civil. No caso, o juiz. Então, o trabalho técnico não pode ser perfeito só para o engenheiro, mas para o juiz. O profissional de engenharia civil tem de saber o que é importante, o que é relevante e qual é o objetivo do juiz. Mas aí existe um problema mais grave, que é o Código Civil. Nele, diz o seguinte: em não havendo alguém com especialização técnica na comunidade – e vai se entender comunidade como a comarca em que juiz tem jurisdição – não precisa. Se formos interpretar a lei como está, ela quer dizer que se lá na comarca não tem engenheiro civil-perito até o farmacêutico serve. E é bem isso que acontece.
Na essência a comunicação é inadequada entre o profissional de engenharia e o profissional jurídico. Às vezes, o profissional é extremamente competente, faz um trabalho tecnicamente impecável, mas não consegue passar o significado técnico para uma pessoa que, por definição, é leiga em engenharia civil. No caso, o juiz. Então, o trabalho técnico não pode ser perfeito só para o engenheiro, mas para o juiz. O profissional de engenharia civil tem de saber o que é importante, o que é relevante e qual é o objetivo do juiz. Mas aí existe um problema mais grave, que é o Código Civil. Nele, diz o seguinte: em não havendo alguém com especialização técnica na comunidade – e vai se entender comunidade como a comarca em que juiz tem jurisdição – não precisa. Se formos interpretar a lei como está, ela quer dizer que se lá na comarca não tem engenheiro civil-perito até o farmacêutico serve. E é bem isso que acontece.
Então é o caso de haver uma legislação mais clara quanto a estas questões de perícia?
A legislação atual não entra nas questões técnicas e nem é possível, pois a tecnologia está sempre evoluindo e é muito complicado você engessar em normas legais estas questões. O que é necessário é criar varas judiciais especializadas para o tratamento de matérias técnicas. Hoje, por exemplo, existem varas especializadas em falências, em recuperação de empresas e isso é uma área do Direito Empresarial. Assim como existem varas criminais. Então é preciso criar varas especializadas em tecnologia e, especificando um pouco mais, varas que envolvam questões de Engenharia Civil. Se isso ocorresse, os juízes, que num primeiro momento não têm experiência com o tema, passariam a adquirir experiência e começaria a se criar uma jurisprudência um pouco mais firme, um pouco mais uniforme sobre certos temas. Outra coisa importante é que as escolas de magistratura dessem aos juízes uma capacitação maior sobre questões que envolvem ciência, tecnologia, perícia, o que eles não têm.
A legislação atual não entra nas questões técnicas e nem é possível, pois a tecnologia está sempre evoluindo e é muito complicado você engessar em normas legais estas questões. O que é necessário é criar varas judiciais especializadas para o tratamento de matérias técnicas. Hoje, por exemplo, existem varas especializadas em falências, em recuperação de empresas e isso é uma área do Direito Empresarial. Assim como existem varas criminais. Então é preciso criar varas especializadas em tecnologia e, especificando um pouco mais, varas que envolvam questões de Engenharia Civil. Se isso ocorresse, os juízes, que num primeiro momento não têm experiência com o tema, passariam a adquirir experiência e começaria a se criar uma jurisprudência um pouco mais firme, um pouco mais uniforme sobre certos temas. Outra coisa importante é que as escolas de magistratura dessem aos juízes uma capacitação maior sobre questões que envolvem ciência, tecnologia, perícia, o que eles não têm.
Não seria relevante também que advogados e magistrados se especializassem em engenharia para entender da matéria que, por ventura, venham a julgar?
Exatamente. Eu conheço vários engenheiros, em especial os civis, que também são advogados e até alguns anos atrás não conhecia nenhum advogado que também fosse engenheiro civil, por exemplo. Só em 2008 eu conheci dois. Ou seja, engenheiro que depois faz o curso de Direito não é maioria, mas é um fato comum. A gente acha sem grandes dificuldades. Agora, que seja advogado, que tenha feito exame de Ordem (dos Advogados do Brasil), já é mais difícil. Existem muitos engenheiros civis com formação jurídica e destes, cerca de 20% a 30%, são advogados que prestaram exame de Ordem. Mas é raro ver advogados exercendo a engenharia.
Exatamente. Eu conheço vários engenheiros, em especial os civis, que também são advogados e até alguns anos atrás não conhecia nenhum advogado que também fosse engenheiro civil, por exemplo. Só em 2008 eu conheci dois. Ou seja, engenheiro que depois faz o curso de Direito não é maioria, mas é um fato comum. A gente acha sem grandes dificuldades. Agora, que seja advogado, que tenha feito exame de Ordem (dos Advogados do Brasil), já é mais difícil. Existem muitos engenheiros civis com formação jurídica e destes, cerca de 20% a 30%, são advogados que prestaram exame de Ordem. Mas é raro ver advogados exercendo a engenharia.
* Pedro Luís Próspero Sanchez é engenheiro eletricista, doutor e livre-docente em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. É bacharel em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. É professor livre-docente do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, onde lidera a área de ensino e pesquisa em Engenharia Legal, Ciência e Tecnologia Forenses. É coordenador do grupo de Engenharia Legal, Ciência e Tecnologia Forenses da Universidade de São Paulo. Na USP, ministra a disciplina Engenharia Legal, no nível de graduação, e em pós-graduação ministra as disciplinas Tópicos de Direito Tecnológico, Metodologia da Prova Pericial, Fundamentos de Ciência Forense e Ciência Forense Aplicada a Sistemas de Informação.
Email Pedro Luís Próspero Sanchez: pl@lsi.usp.br
Nenhuma área do conhecimento humano é capaz de mudar de forma tão significativa o planeta e a vida humana como a engenharia. Dessa forma é mais que necessário que a Instituição Justiça tenha um maior conhecimento e uma maior especialização sobre esta área do conhecimento humano, que talvez seja a maior.
Um dos pontos a ser considerados talvez seja a permissão que engenheiros se habilitem em provas para magistratura, ou então uma reformulação em nosso código civil de forma que haja uma série de exigências com relação a atividade pericial em aréas da engenharia.
Engº. Alberto Cohen Filho
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