O Holocausto Memorial Museum, de Washington, através do projeto "Enciclopédia dos Campos e Guetos" está pesquisando outros locais, além dos já conhecidos, onde o nazismo também levou a cabo os seus planos de extermínio. O resultado preliminar é impressionante: 30.000 campos de trabalhos forçados, 1150 guetos de judeus, 980 campos de concentração, 500 bordéis de prostituição forçada e milhares de centros destinados à prática da eutanásia a pessoas dementes e a abortos forçados. No total, entre 15 e 20 milhões de pessoas morreram ou estiveram detidas nesses centros, em sua maioria judeus.
Os números têm diversas consequências. Uma é a constatação de que dificilmente a população alemã podia ignorar o que acontecia. Em Berlim, por exemplo, os investigadores documentaram cerca de 3.000 campos e "casas judias" onde se concentravam os prisioneiros antes da sua deportação. Segundo Martin Dean, editor do novo volume da Enciclopédia, "não se podia ir a nenhum lado na Alemanha sem nos depararmos com campos de trabalhos forçados, campos de prisioneiros de guerra ou campos de concentração. Estavam em todo o lado". Por isso, ele insiste que "não são sustentáveis as alegações de muitos alemães de que não tinham conhecimento do que se estava a passar com os seus vizinhos judeus". Outra conclusão: pode aumentar o número de famílias das vítimas que vão pedir indenização.
Fonte: email enviado por Jornal Alef
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