Mergulhão Clara Nunes e Viaduto Negrão de Lima compõem corredor que ligará Barra da Tijuca ao Aeroporto Tom JobimAline Rocha | ||||||||||
A prefeitura do Rio de Janeiro inaugurou parte da primeira fase de construção da Transcarioca, corredor de alta capacidade que liga a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim. O Mergulhão Clara Nunes, em Campinho, e o Viaduto Negrão de Lima, em Madureira, foram entregues ao mesmo tempo. O consórcio responsável pelas obras é formado pelas empresas Andrade Gutierrez e Delta Construções.
O mergulhão foi construído em 14 meses e possui 400 metros de extensão, chegando a 40 metros de largura na parte maior. O trânsito será em mão-dupla com oito faixas no total. A única parte coberta é na projeção da Estrada Intendente Magalhães, seguindo para a Rua Ernani Cardoso. De acordo com o engenheiro Eduardo Fagundes, gerente de obras e vias especiais da Secretaria Municipal de Obras do Município do Rio de Janeiro, o solo do Campinho não apresentou dificuldades para a construção da estrutura. Por ser um solo rochoso, a fundação das paredes do mergulhão foi feita com estaca raiz, justapostas uma a uma. Depois da execução das lajes, foi iniciada a escavação, que utilizou o método cut and cover invertido. Foram retirados 25 mil metros cúbicos de rocha durante as escavações, material que foi reaproveitado para fazer o reforço de pavimento da obra. O asfalto usado nas pistas do mergulhão foi o do tipo Stone Mastic Asphalt (SMA) e as pistas exclusivas para ônibus são em concreto, feitas com pavimentadoras. Antes da construção do mergulhão, o local era um cruzamento com quatro vias, o que movimentava bastante a região. Durante as obras, foi necessário desviar o trânsito e diminuir a quantidade de pistas existentes. "Foi uma dificuldade grande e os engarrafamentos aumentaram", diz Fagundes. A CET-Rio estima que cerca de 20 mil veículos por dia devem passar em cada sentido do mergulhão. Já o Viaduto Negrão de Lima, de 650 metros de extensão, ganhou uma nova estrutura ao seu lado com faixa exclusiva para Bus Rapid Transit (BRT). Fagundes explica que foi necessário construir uma estrutura separada para evitar acidentes no futuro. "A interligação pode ter problemas, pois não se sabe como está a estrutura do antigo", afirma. A fundação adotada no viaduto também foi estaca raiz. Depois da instalação dos blocos e pilares, foi utilizado o sistema de vigas pré-moldadas, com pontos rolantes. Segundo o engenheiro, algumas vigas foram posicionadas com guindaste e outras com treliças. Por ser uma estrutura separada da antiga, não foi necessário fechar o viaduto durante as obras. A nova construção deverá receber cerca de 10 mil veículos por dia. A Transcarioca deve ficar pronta em dezembro de 2013 e todas as suas obras somam investimento de R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 1,1 bilhão do Governo Federal e R$ 403 milhões da Prefeitura do Rio de Janeiro. Ao longo do traçado de 39 quilômetros, serão 45 estações, três terminais, três mergulhões, 10 viadutos e nove pontes.
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sexta-feira, 1 de junho de 2012
Primeiras obras da Transcarioca, no Rio de Janeiro, são concluídas
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