O escritório dinamarquês Bjarke Ingels Group (BIG) venceu mais um concurso, dessa vez para a expansão do Kimball Art Center, na cidade de Park City, em Utah, nos Estados Unidos. O projeto vencedor propõe um conjunto "empilhado" de duas galerias, uma voltada para a rua principal da cidade, Main Street, e a outra para a Heber Avenue.
O design do edifício resulta em forma semelhante a uma espiral, com mais de 24 m de altura. Para a fachada do prédio, os arquitetos se inspiraram nas antigas referências da cidade, como as minas de carvão e o método de construção passado, de empilhamento de madeira para a criação de muros de contenções. O desenho da fachada é refletido no interior, onde uma escada em espiral guia os visitantes para o terraço, que pode ser utilizado para exibições e eventos. O edifício contará com claraboias para permitir a iluminação das paredes das galerias internas. Entre as duas galerias, localizadas no térreo e no terceiro andar, um restaurante se abre para o novo jardim sobre a cobertura do edifício que funciona como a atual sede da Kimball Art Center. O edifício atual será transformado em uma área educacional, como parte complementar do novo prédio, contando com um auditório com pé direito duplo no seu centro, que se abre durante o verão para que as exibições sejam vistas do lado de fora. A cobertura também receberá painéis solares. Com relação à sustentabilidade, o prédio deverá alcançar a certificação LEED Platinum. O aquecimento do edifício será praticamente todo natural, assim como a iluminação e a ventilação. Projeto também prevê sistema de reaproveitamento de água de chuva.
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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
BIG vence concurso para a expansão do Kimball Art Center, nos Estados Unidos
Projeto de lei estabelece a fiscalização periódica de edificações em todo o país
"É uma preocupação que carrego pela profissão que exerci durante anos e anos da minha vida construindo edifícios e, depois, como professor de universidade na cadeira de materiais de construção. A estrutura de concreto armado não é uma estrutura que garanta a estabilidade do prédio sem manutenção. O concreto é uma rocha artificial", disse Crivella, engenheiro de formação. Segundo o projeto, "o objetivo da inspeção é efetuar o diagnóstico da edificação por meio de vistoria especializada, utilizando-se de laudo para emitir parecer acerca das condições técnicas, de uso e de manutenção, com avaliação do grau de risco à segurança dos usuários". De acordo com o senador, a proposta inicial era que edificações com mais de 30 anos fossem fiscalizadas a cada cinco anos. Mas, seguindo sugestões do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), o relator do projeto, senador Zezé Perrela (PDT-MG), propôs uma emenda para que as fiscalizações sejam realizadas com os seguintes parâmetros: a cada cinco anos, para edificações com 30 anos ou mais; de três em três anos, para edificações com 40 anos ou mais; a cada dois anos, para edificações com 50 anos ou mais; e anual, para edificações a partir de 60 anos. A inspeção seria feita por um profissional registrado no sistema Confea/Crea, que produziria um Laudo de Inspeção Técnica de Edificação (Lite), com a avaliação da conformidade da edificação de acordo com a legislação e as normas técnicas pertinentes; explicitação dos tipos de não conformidade encontrados, do grau de risco a eles associado e da necessidade de interdição, se for o caso; prescrição para reparo e manutenção, quando houver, da edificação inspecionada; e assinaturas do(s) inspetor(es) encarregado(s) do Lite e do proprietário ou responsável pela administração da edificação. A expectativa, segundo Crivella, é que, após aprovação pela CDR, o projeto siga para a Câmara dos Deputados e depois à sanção presidencial até junho. Após a publicação, a lei deve entrar em vigor em 180 dias. Fonte: téchne |
Projeto de revitalização da orla do rio Guaíba, em Porto Alegre.
O arquiteto Jaime Lerner apresentou, na última quarta-feira (15), o projeto para a revitalização da orla do rio Guaíba, em Porto Alegre, durante uma reunião da Comissão de Análise Urbanística e Gerenciamento (Cauge). O projeto prevê espaço para quiosques, deques, ciclovia e marina pública.
Praticamente todo o trajeto de 1,5 km contará com arquibancadas formadas a partir do relevo natural do terreno, criando espaços de convivência. Concentradas nas pontas e no centro do trajeto, as arquibancadas seguirão o curso do rio, criando formas onduladas. O projeto ainda prevê a iluminação de toda a área, para que a região da orla possa ser utilizada nas 24 horas do dia. Para o chão, o arquiteto propôs o emprego de pavimento de concreto com bolas de gude. Em contraste com a iluminação inclinada, as bolas de vidro refletirão os raios de luz. A vegetação será adequada para que, ao nível da rua, não haja interferência visual. Essa, inclusive, é uma das principais características buscadas pelo arquiteto. Uma das premissas do projeto era evitar altos custos de manutenção. Por isso, o arquiteto dispensou grandes instalações e favoreceu os espaços abertos, que transformam o local em um parque. "Criamos um projeto de ecoarquitetura, que aproxima as pessoas e fortalece a ideia de um parque no local", enfatizou Lerner, que já é responsável, em parceria com o escritório espanhol b720, pelo projeto de revitalização do Cais Mauá, situado bem próximo da orla. Segundo a prefeitura, a partir de agora será iniciado o processo de Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU) para a primeira etapa de revitalização da orla. A previsão é de que a prefeitura abra licitação para a execução das obras até o final deste semestre.
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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Parte de edifício desabou em São Bernardo do Campo e matou uma criança. Presidente do conselho levantou hipóteses técnicas para acidente.
Vista interna dos pavimentos que desabaram no
prédio (Foto: Tiago Queiroz/AE)
prédio (Foto: Tiago Queiroz/AE)
Sobrepeso ou má conservação do teto do Edifício Senador em São Bernardo do Campo, no ABC, ou ainda a combinação desses dois fatores podem ter contribuído para o desabamento parcial das lajes do prédio de 14 andares na noite de segunda-feira (6). A afirmação é do presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP), Francisco Kurimori
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Um buraco de cerca de 10 metros de diâmetro se abriu no teto atingindo todas as lajes inferiores até o térreo. Uma criança morreu, seis pessoas ficaram feridas e uma mulher estava desaparecida até as 14h desta terça (7) por conta do desabamento.
“Em termos técnicos, as suspeitas são de sobrecarga, algo pode ter sido colocado em cima do teto, ou má conservação. O prédio tem 40 anos e pode ter havido uma infiltração de água que fez ruir a laje superior, que caiu sobre as demais em sequência. Ou pode ter havido essa combinação desses fatores”, afirmou Kurimori ao G1.
Engenheiro civil e construtor, o presidente do Crea-SP disse que perícia da Polícia Técnico Científica e avaliação dos bombeiros dirão quais foram as causas do desabamento. “Mas pelo que vi nas imagens da TV e nas fotos dos sites, dá para deduzir que o teto do último andar, por motivo desconhecido, cedeu. E caiu sobre o pavimento inferior provocando um impacto que ruiu esse pavimento e consequentemente o pavimento debaixo. Foi um efeito dominó até chegar ao térreo”, falou Kurimori.
“Tudo na vida tem prazo de validade. Com prédio não é diferente. Prédio tem prazo de validade também. Por isso é importante haver inspeção predial de um engenheiro credenciado de cinco em cinco anos, algo que só ocorre em algumas cidades do estado. Não é o caso de São Bernardo do Campo, por exemplo”, comentou o presidente do Conselho Regional de Engenharia.
Um buraco de cerca de 10 metros de diâmetro se abriu no teto atingindo todas as lajes inferiores até o térreo. Uma criança morreu, seis pessoas ficaram feridas e uma mulher estava desaparecida até as 14h desta terça (7) por conta do desabamento.
“Em termos técnicos, as suspeitas são de sobrecarga, algo pode ter sido colocado em cima do teto, ou má conservação. O prédio tem 40 anos e pode ter havido uma infiltração de água que fez ruir a laje superior, que caiu sobre as demais em sequência. Ou pode ter havido essa combinação desses fatores”, afirmou Kurimori ao G1.
Engenheiro civil e construtor, o presidente do Crea-SP disse que perícia da Polícia Técnico Científica e avaliação dos bombeiros dirão quais foram as causas do desabamento. “Mas pelo que vi nas imagens da TV e nas fotos dos sites, dá para deduzir que o teto do último andar, por motivo desconhecido, cedeu. E caiu sobre o pavimento inferior provocando um impacto que ruiu esse pavimento e consequentemente o pavimento debaixo. Foi um efeito dominó até chegar ao térreo”, falou Kurimori.
“Tudo na vida tem prazo de validade. Com prédio não é diferente. Prédio tem prazo de validade também. Por isso é importante haver inspeção predial de um engenheiro credenciado de cinco em cinco anos, algo que só ocorre em algumas cidades do estado. Não é o caso de São Bernardo do Campo, por exemplo”, comentou o presidente do Conselho Regional de Engenharia.
Crea-SP
O Crea-SP também instaurou nesta terça um processo ético e administrativo para tentar identificar os engenheiros que realizaram trabalhos no Edifício Senador e apurar a conduta deles e eventuais responsabilidades no episódio. De acordo com a assessoria de imprensa do Crea-SP, diretores da regional no ABC foram ao local do desabamento tirar fotos do prédio comercial de 14 andares e dos destroços das lajes que ruíram.
Segundo o Crea-SP, o procedimento administrativo que os engenheiros serão submetidos é chamado de "processo de sinistro". Além dos depoimentos dos profissionais, serão reunidos documentos do imóvel avariado, dos envolvidos diretamente na sua construção ou que tenham acompanhado eventuais mudanças, ou feito obras no edifício nos últimos anos. Também serão requisitados documentos de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do prédio e laudos dos bombeiros e da Polícia Técnico Científica sobre as condições do edifício e prováveis causas da queda. Somente após a compilação de todo esse material é que o Crea irá se pronunciar a respeito da possível culpa ou não dos engenheiros.
Caso fique comprovada alguma falha dos profissionais, eles poderão ser punidos administrativamente pelo Conselho, com advertência ou suspensão da autorização para trabalhar. “Será verificado se os engenheiros cometeram imperícia, imprudência ou se foram negligentes”, afirmou Kurimori.
Polícia Civil Além da apuração no âmbito administrativo, os engenheiros poderão ser investigados na esfera criminal. A Polícia Civil em São Bernardo instaurou inquérito para investigar as prováveis causas e eventuais responsabilidades no desabamento. As causas do colapso na estrutura do edifício ainda são apuradas pela Polícia Técnico Científica. O laudo deverá sair em 30 dias. Enquanto isso, o Ministério Público vai acompanhar a apuração policial e instaurar inquérito civil sobre o caso.
De acordo com o delegado Victor Vasconcellos Lutti, titular do 1º Distrito Policial, em São Bernardo do Campo, onde o caso foi registrado, dentre as prováveis hipóteses para explicar o desabamento está sendo investigado se uma suposta obra num dos andares poderia ter causado a queda das lajes, com o acúmulo de entulho. O delegado descartou a possibilidade de qualquer explosão de gás ter provocado o desabamento e irá apurar se os crimes de desabamento e homicídio foram provocados por dolo (quando se assume o risco) ou culpa (sem intenção).
Fonte: G1
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Engenharia Diagnóstica
A contribuição da Medicina na Engenharia Civil vai além das questões patológicas, pois há outras similaridades dessas ciências a favorecer a prevenção e o diagnóstico
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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Presidente da Abece não acredita em crise na engenharia
O engenheiro Eduardo Barros Millen afirma que é hora de repensar e mudar os fatores que indiretamente contribuem para os colapsos nas construções. Para Millen, a qualidade da engenharia brasileira é o que ainda impede um número maior de acidentesKelly Carvalho | |||||||||
Na última década, o Brasil presenciou uma série de colapsos de edifícios novos, antigos e obras de infraestrutura que repercutiram negativamente no setor da construção. A recente queda de três prédios no Rio de Janeiro, na última quarta-feira (25), do edifício em obras Real Class em janeiro de 2011, em Belém, e a queda de vigas de 85 t de um viaduto em obras no trecho sul do Rodoanel Mario Covas, em São Paulo, atingindo dois carros e um caminhão, são apenas alguns dos exemplos dos acidentes recentes. Há muito tempo, lideranças e representantes setoriais vêm denunciando os problemas que indiretamente têm contribuído para esses desabamentos, como a má qualificação de mão de obra, prazos apertados, custos reduzidos, fiscalização inadequada e falta de manutenção. Nessa entrevista, o engenheiro estrutural Eduardo Barros Millen, presidente da Abece (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural), fala sobre segurança das construções, projetos, prazos, exercício profissional e fiscalização. Confira:
Não há crise em nossa engenharia com relação à segurança. Pelo contrário, porque temos engenheiros de alto nível técnico, não deixamos nenhuma crise se estabelecer. Mas temos de tomar providências, pois a engenharia está atendendo necessidades e prazo, embora com dificuldades, e isso poderia ser melhorado. Não estamos tendo mais acidentes porque a engenharia brasileira é de excelente qualidade. Senão, o número de acidentes seria muito maior. A engenharia brasileira está no mesmo nível das grandes escolas do mundo. Perdemos um pouco com relação a equipamentos, mas a teoria de projeto e execução estão no patamar mais alto.
Mas nos últimos anos, verificamos uma sucessão de desabamentos de edifícios antigos e em execução, além de problemas com obras de infraestrutura. Esses colapsos estão aumentando?
Não é só impressão, há um aumento gradativo desses eventos desastrosos. Como razão imediata, em consequência de algum erro de execução, de reforma eventualmente, de obras em construção. Mas essas são causas imediatas, temos que pensar um pouco mais nas causas conjunturais. Deve haver uma mudança de atitude dos profissionais, contratantes particulares ou governo e também do usuário final. Todo mundo tem que fazer um exame de consciência e mudar. Devemos começar pela própria formação dos engenheiros. Nos últimos anos, as escolas de engenharia têm reduzido o número de horas-aula. Um período de cinco anos já era pouco, mas as escolas têm graduado esses profissionais com quatro anos de curso, sem uma formação completa. O engenheiro sai de uma escola e vai trabalhar. Em qualquer lugar sempre haverá um prazo a cumprir e ele terá de se acostumar à forma de trabalho daquele local. Com formação adequada, ele tem base para se adaptar, caso contrário, terá muita dificuldade. Além disso, essa formação está muito genérica, sem as funções bem determinadas. A engenharia está evoluindo e as escolas não estão formando para essa evolução. Do ponto de vista escolar, tinha de haver estágios obrigatórios na área de atuação que o aluno pretende seguir. Por exemplo, se o aluno quisesse trabalhar em estruturas, precisaria ter estágio obrigatório nessa área. Isso teria que fazer parte do currículo. O Crea, como órgão regulador, não poderia dar um diploma e credencial para um recém-formado com os mesmos atributos de um profissional com 40 anos de experiência. Alguém com até cinco anos de experiência tem determinada possibilidade de assumir algum tipo de trabalho, mas nunca poderia, por exemplo, assumir a responsabilidade técnica de uma barragem. Precisa haver uma limitação de responsabilidade. Temos visto muitas construções sob responsabilidade de recém-formados porque não há mão de obra suficiente, mas esse engenheiro não tem a experiência necessária. Mesmo com a carência de mão de obra, é senso comum no setor que a remuneração é baixa e tem prejudicado a qualidade das obras. Temos deficiência de mão de obra porque a engenharia ficou sucateada por 20 anos, a partir da década de 1980. E ficamos esse período sem formar muitos engenheiros. Com essa falta de mão de obra, o nível salarial melhorou, mas está longe de ser coerente com a responsabilidade que assume um profissional de engenharia. Fazer um projeto estrutural, definir o aço, concreto e receber menos de meio por cento do valor da obra é uma afronta à engenharia e aos profissionais. É preciso pagar bem para que esse profissional trabalhe num regime normal, de oito horas. Vemos profissionais trabalhando 12 horas por dia para sobreviver. Isso cansa o engenheiro, mas porque ele é bom profissional e tem muita responsabilidade, está trabalhando e fazendo o máximo para cumprir os prazos exigidos. Os prazos curtos também têm prejudicado o setor? Ninguém mais quer fazer obra em prazo natural. O concreto, por exemplo, é um material que tem tempo para enrijecer e conferir a segurança necessária. Esse tempo tem sido reduzido pelos avanços na tecnologia do concreto, mas mesmo assim, os prazos têm de ser reestudados. A data de entrega da obra não pode ser diminuída por ganância, e as obras públicas não podem ser finalizadas com base nos prazos de campanhas políticas. Isso está errado. Vários desses estádios em construção terão problemas estruturais no futuro, porque estão sendo feitos de maneira muito veloz, sem os cuidados e critérios necessários.
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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP) tem mais de um século de história, formando gerações de engenheiros que têm se destacado não só em suas especialidades profissionais, mas também na vida política do País e na administração de empresas e de órgãos públicos. Fundada em 1893, a então denominada Escola Politécnica de São Paulo foi incorporada à USP em 1934; hoje ela é referência nacional e considerada a mais completa faculdade de Engenharia da América Latina.
Fonte: Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
Formando engenheiros e líderes
Engenharia é profissão de liderança.
Engº. Alberto Cohen Filho
Fonte: Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
Formando engenheiros e líderes
Engenharia é profissão de liderança.
Engº. Alberto Cohen Filho
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